“Estas novas instalações vêm dar dignidade e condições de trabalho e substituir uma das piores instalações que a GNR tinha no país, em condições particularmente precárias”, disse Eduardo Cabrita ao inaugurar o posto da GNR de Lagos, no distrito de Faro.
De acordo com o governante, o novo posto visa dar condições "aos que asseguram um dos ativos mais valiosos de Portugal, o fator segurança, e que no Algarve se compreende de uma forma muito especial porque não é uma mera resposta de política criminal".
"A segurança pública é uma questão complexa na sua dimensão técnica e operacional com uma mais valia que vai muito para além disso", apontou o ministro, recordando que o trabalho efetuado pelas forças de segurança contribuíram para que Portugal "fosse considerado, nos últimos quatro anos, como um dos cinco países mais seguros do mundo".
O posto territorial da GNR de Lagos, com capacidade para 40 militares, vai funcionar num edifício multifunções, propriedade da autarquia, perto da Estrada Nacional 125, na zona do Chinicato, nos arredores da cidade, onde já estava instalada uma unidade de trânsito daquela força.
O antigo posto estava alojado no antigo Convento de Nossa Senhora do Loreto, edifício com mais de um século e sem condições dignas para militares e utentes, cujo estado de degradação foi várias vezes denunciado pela Associação dos Profissionais da Guarda.
A empreitada de reabilitação e adaptação do imóvel para acolher os militares representou um investimento de cerca de 450 mil euros, sendo as despesas suportadas pelo município e posteriormente reembolsadas pela Secretaria Geral da Administração Interna (SGAI).
O espaço foi cedido pela Câmara de Lagos em regime de contrato de comodato pelo prazo de 30 anos e renovável por períodos de 15 anos.
A obra foi adjudicada no final de 2019 pelo valor de 440 mil euros, depois de um primeiro procedimento de contratação pública aberto pela autarquia, em 2018, ter ficado deserto.
Face à ausência de interessados, a Câmara de Lagos aprovou uma adenda ao contrato de cooperação celebrado com a SGAI, para aumentar o valor da empreitada de 279.009,43 euros para 440 mil euros.
A autarquia justificou a revisão em alta dos preços com a criação de condições para que as empresas de construção civil se interessassem pelo novo procedimento, com a consequente apresentação de propostas para a execução da empreitada.