Mas eis que para nosso “espanto” (se calhar não tanto pois começa a ser uma imagem de marca do PS, fazer ao contrário do que propagandeia), contrariando em absoluto o sentido das reformas anunciadas, a presidente das Juntas Médicas da ADSE, Lurdes Gameiro, no passado dia 27 de abril, faz chegar aos diferentes serviços públicos, uma nota dando conta do Despacho n.º 852/2016, emitido pela secretária de estado da Administração e Emprego Público, de 18 de abril de 2016, com base na qual o diretor geral da ADSE deu instruções aos serviços para, citamos «… suspender a realização de juntas médicas aos trabalhadores em funções públicas, asseguradas pela ADSE, a partir do próximo dia 1 de maio, nas secções …. do Porto, Coimbra, Évora e Faro…» e que «… até nova comunicação, informa-se … que o funcionamento das juntas médicas da ADSE se encontra suspenso a partir de 1 de maio próximo, por não ser possível assegurar o necessário apoio técnico/administrativo ao funcionamento das secções…», mas que «… a junta médica da secção de Lisboa continua, no entanto, a sua normal atividade.»
Neste contexto, as perguntas que o PSD/Algarve pretende dirigir publicamente ao Governo, e a todos os partidos que o suportam parlamentarmente, são as seguintes: A decisão de centralizar todas as juntas médicas da ADSE na secção de Lisboa é de carácter definitivo ou transitório? E que medidas de compensação pretende o Governo adotar para os cidadãos lesados, porquanto é garantido o significativo aumento do tempo de espera para a realização das referidas juntas médicas?
A presente decisão, porquanto se encontra documentada, é a prova cabal da forma demagógica e pouco transparente de atuação do atual governo, que a cobro do silêncio do PS e da cumplicidade do Bloco de Esquerda e do PCP/PEV, toma uma decisão que prejudica gravemente milhares de trabalhadores públicos e respetivas famílias, privando-os objetivamente do acesso aos cuidados de saúde, o qual se encontra constitucionalmente consagrado. Uma decisão que nos remete para o muito conhecido provérbio português: «Bem prega Frei Tomás; faz o que ele diz, não faças o que ele faz.»
Por: PSD Algarve