O PS, pela voz do primeiro-ministro, António Costa, anuncia ao país o Plano Nacional de Reformas, sendo que entre essas medidas salienta, na opinião do PSD/Algarve, bem, a necessidade de se efetuar uma profunda reforma do Estado, nomeadamente no sentido de uma maior aproximação dos serviços que por este são prestados aos cidadãos.

Mas eis que para nosso “espanto” (se calhar não tanto pois começa a ser uma imagem de marca do PS, fazer ao contrário do que propagandeia), contrariando em absoluto o sentido das reformas anunciadas, a presidente das Juntas Médicas da ADSE, Lurdes Gameiro, no passado dia 27 de abril, faz chegar aos diferentes serviços públicos, uma nota dando conta do Despacho n.º 852/2016, emitido pela secretária de estado da Administração e Emprego Público, de 18 de abril de 2016, com base na qual o diretor geral da ADSE deu instruções aos serviços para, citamos «… suspender a realização de juntas médicas aos trabalhadores em funções públicas, asseguradas pela ADSE,  a partir do próximo dia 1 de maio, nas secções …. do Porto, Coimbra, Évora e Faro…» e que «… até nova comunicação, informa-se … que o funcionamento das juntas médicas da ADSE se encontra suspenso a partir de 1 de maio próximo, por não ser possível  assegurar o necessário apoio técnico/administrativo ao funcionamento das secções…», mas que «… a junta médica da secção de Lisboa continua, no entanto, a sua normal atividade.»

Neste contexto, as perguntas que o PSD/Algarve pretende dirigir publicamente ao Governo, e a todos os partidos que o suportam parlamentarmente, são as seguintes: A decisão de centralizar todas as juntas médicas da ADSE na secção de Lisboa é de carácter definitivo ou transitório? E que medidas de compensação pretende o Governo adotar para os cidadãos lesados, porquanto é garantido o significativo aumento do tempo de espera para a realização das referidas juntas médicas?

A presente decisão, porquanto se encontra documentada, é a prova cabal da forma demagógica e pouco transparente de atuação do atual governo, que a cobro do silêncio do PS e da cumplicidade do Bloco de Esquerda e do PCP/PEV, toma uma decisão que prejudica gravemente milhares de trabalhadores públicos e respetivas famílias, privando-os objetivamente do acesso aos cuidados de saúde, o qual se encontra constitucionalmente consagrado. Uma decisão que nos remete para o muito conhecido provérbio português: «Bem prega Frei Tomás; faz o que ele diz, não faças o que ele faz.»

 

Por: PSD Algarve