Por F. Inez

A cada dia que passa vamos ficando cada vez mais apreensivos, com a sensação de que o nosso Planeta Terra está a transformar-se num lugar cada vez mais perigoso e inóspito! Ainda não completamente refeitos da recente pandemia e a viver no dia-a-dia os efeitos crescentes das alterações climáticas, eis que se começa a desenhar no horizonte a eventualidade de uma nova catástrofe … a possível utilização de armas nucleares na guerra da Ucrânia … o que, a acontecer, poderá desencadear uma inevitável sucessão de catástrofes a que se convencionou chamar de inverno nuclear!

Mesmo que regional, uma guerra nuclear poderá, de forma catastrófica, perturbar a tal ponto o clima global do Planeta, durante uma década ou ainda mais, com a poeira radioativa que  impedirá  que a luz solar atinja a superfície da Terra, fazendo com que as temperaturas caiam drasticamente de 7 a 8 ou mais graus centígrados, durante vários anos … redução ainda maior do que aquela que se observou na última Era Glacial que terminou há um pouco mais de 11 mil anos e tornou possível a agricultura, ao descongelar os terrenos!

Alem da escuridão e do frio resultantes da opacidade pelo bloqueio da luz solar, a agricultura ficará irremediavelmente comprometida durante vários anos, levando grande parte da população a morrer à fome. A inevitável queda das cinzas radioativas dará origem a um infindável número de doenças que afetarão drasticamente todos os seres vivos e naturalmente o organismo humano, de que se destacam as originadas pelas radiações … em particular as da medula óssea responsável pela regeneração das células sanguíneas, e que afetará também o tubo digestivo, o coração e o cérebro, mas também as de natureza cancerígena por alteração do nosso material genético. 

Tal catástrofe, a acontecer, configura um drama universal a que se poderá chamar de holocausto ou inverno nuclear, que conduzirá inevitavelmente ao colapso da Civilização e à muito provável extinção da Humanidade! Muitos anos antes destas dramáticas e incompreensíveis expetativas atuais, os astrónomos já calcularam a previsível duração do nosso Planeta … e a dar-lhes crédito, uns previram que a Terra deverá ainda durar 5 biliões de anos, e outros calcularam aquela duração em um pouco mais de 1 bilião, uma vez que se prevê que o Sol irá perdendo a sua massa, fazendo a Terra sair da sua órbita e o imenso calor resultante transformará a Terra num deserto, semelhante ao do planeta Marte …  a atmosfera perderá o vapor d’água e os oceanos irão evaporar-se.

A acontecer, qualquer destas previsões … e se até lá formos escapando a conflitos nucleares e ás igualmente dramáticas alterações climáticas … aquelas longínquas previsões tornarão também o Planeta inabitável e será um problema que as gerações dum igualmente longínquo futuro terão um dia que enfrentar … havendo, no entanto, quem nos diga que nessa altura a Ciência terá evoluído a tal ponto que já terá permitido que a Humanidade  tenha emigrado em massa para outo Planeta com melhores condições de vida.

Deixando para outra oportunidade a análise da Teoria Criacionista, e aceitando por agora a Teoria Evolucionista de Charles Darwin, enquanto que o Planeta se formou há 4,5 biliões de anos, as primeiras formas de vida na Terra  … seres unicelulares … só apareceram há 3,5 biliões que depois de uma sucessão evolutiva de formas de vida cada vez mais complexas, surgiram então,  só apenas há 4 milhões de anos os primeiros hominídeos … cuja evolução veio a dar origem ao atual Homo Sapiens , extintas que foram todas as  suas espécies homo anteriores. Se a loucura dos homens vier a desencadear um conflito nuclear, o inverno e o holocausto nuclear que inevitavelmente se lhe seguirão, deixarão o Planeta Terra provavelmente desertificado, que, no entanto, prosseguirá no imenso silêncio cósmico e sem qualquer forma de vida, o seu percurso durante mais uns milhões de anos de acordo com o destino do Universo.