O Festival Política em 2024 está a fazer a sua digressão por várias cidades portuguesas com a "Intervenção" como tema central da programação. Em Loulé, entre os dias 17 e 19 de outubro o Cineteatro Louletano será o epicentro do Festival Política.
A programação, que inclui cinema, música, humor, exposições, visita guiada, conversas e atividades com escolas, totaliza 18 atividades que irão decorrer também no Auditório do Solar da Música Nova, no Café Calcinha e em Alte.
Os principais pontos da programação combinam humor, cinema e música. No humor, haverá um espetáculo da autoria de Hugo van der Ding. “O que importa é participar” (19 de outubro, 21h) percorre as participações especiais da História de Portugal que comprovam a importância da participação ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa.
Um dos destaques da edição de Loulé será a exibição do documentário “Onde Está o Zeca?”, um filme de Tiago Pereira com Abel Andrade e um conjunto de amigos (17 de outubro, 21h). Trata-se de uma coprodução entre A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria e o Festival Política. É um filme dedicado à figura do cantautor Zeca Afonso, mas também à lenda e ao mito que se tornou depois da sua morte, num país que o celebra como símbolo da revolução da liberdade. O documentário conta com a intervenção de dezenas de artistas, como Gil Dionísio, Cantares de Alcáçovas, B. Fachada, A Garota Não, Luca Argel, Capicua, Fado Bicha, Pierre Aderne, JoanaNegrão, Coro dos Anjos, Pedro Silva Martins ou Francisco Fanhais.
Já na música a palco sobem Fado Bicha, com o espetáculo "Fado Bicha mata o Fado, com amor”, um concerto intimista, de voz e guitarra elétrica, em que a dupla Lila Fadista e João Caçador revisita fados antigos e tradicionais e nos fala da história do fado e de histórias dentro do fado, evocando Hermínia Silva, Pedro Homem de Mello ou António Ferro (18 de outubro, 21h).
O Política em Loulé conta ainda com muitas outras novidades de programação, como a estreia do conceito "Beer&Politics" na cidade, com o Café Calcinha a acolher uma conversa com João Paulo Batalha sob o mote “Portugal desistiu de combater a corrupção?” (18 de outubro, 17h30).
O dia 19 de outubro (10h30) começa com uma visita guiada em Alte à exposição do objeto artístico do projeto “Liberdarte - Entre a memória e a utopia”, que reúne registos sobre a memória compartilhada de artistas que vivenciaram o 25 de Abril, contrastando com artistas contemporâneos, seguida de passeio pela aldeia onde serão apresentados momentos desta pesquisa, num mapa artístico com intervenção de residentes locais. Ao final da tarde (18h30) estreia no Auditório do Solar da Música Nova o documentário “Que força é essa?”, de Lígia Fernandes, Nicole Campos Sánchez e Ricardo Reis, que reflete sobre a resistência artística em Portugal e a sua evolução em 50 anos. Entre os artistas e personalidades que participam no filme, encontram-se Joana Craveiro, Daniel Vieira, Manuel Pureza, Rosário Félix, Mariana Santos, Margarida Tengarrinha, Alfredo Cunha, entre outros.
Todos os espetáculos e debates têm interpretação para língua gestual portuguesa e todos os filmes, incluindo os falados em português, estão legendados em português. A entrada é gratuita.
Ainda durante os dias de festival, serão apresentadas as duas propostas de jovens que resultam do concurso de bolsas, promovido em parceria com o Instituto Português do Desporto e Juventude, que tem por objetivo fomentar e apoiar a criação artística e intervenção cívica de jovens até 30 anos residentes no Algarve. As candidaturas decorrem até 30 de setembro, podendo as bolsas ser atribuídas nas modalidades de literatura, música, artes performativas, artes plásticas, vídeo ou de formação (mais informação em festivalpolítica.pt).
O Festival Política de Loulé é uma coprodução da Associação Isonomia/Festival Política e do Município de Loulé, contando com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude, Comissão Nacional de Eleições e Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal.
