A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, deteve quatro pessoas, constituindo dois grupos distintos, que se dedicavam à contrafação de cartões de crédito, causando prejuízos de valor superior a 200 000 euros.
No decurso de uma investigação iniciada em Dezembro passado, foram detidos um homem e uma mulher, ambos de nacionalidade portuguesa, de 24 e 31 anos de idade, que se vinham dedicando à contrafação de cartões de crédito, falsidade informática, passagem de moeda falsa e branqueamento de capitais.
O casal, através da introdução na banda magnética dos cartões de crédito de dados referentes a terceiros, efetuava aquisições fraudulentas na área da grande Lisboa por períodos de uma a duas semanas, refugiando-se de seguida no estrangeiro por idêntico período de tempo, dificultando assim as investigações. Na altura da detenção os detidos haviam tentado realizar compras no valor aproximado de 150 mil euros tendo atingido êxito em cerca de 50.000€.
Presentes a Tribunal ficaram ambos sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.
Numa outra investigação, foram detidos dois homens, ambos de 27 anos de idade, de nacionalidade portuguesa, também por crimes de contrafação de cartões de crédito, falsidade informática, passagem de moeda falsa e branqueamento de capitais.
As investigações começaram no início do presente ano e permitiram apurar que até à detenção este grupo havia efetuado 1151 tentativas de compras de bens no valor de € 672.158,33 tendo obtido êxito em 450 dessas tentativas e adquirido produtos no valor de cerca de €150.000, posteriormente transformados em dinheiro através de várias formas.
Uma dessas formas de branquear os benefícios adquiridos com a actividade fraudulenta é a devolução junto dos comerciantes dos bens adquiridos, apresentando para tal justificações várias. Perante esta situação os comerciantes ou devolvem em dinheiro, ou passam cartões gift ou notas de devolução cujos valores são posteriormente usados na aquisição de outros bens.
Os detidos serão hoje presentes a Tribunal, para serem sujeitos a primeiro interrogatório judicial.
No decurso destas operações, que decorreram na zona da Grande Lisboa, foram apreendidos diversos elementos probatórios, bem como objetos que constituem o produto dos crimes.
Por PJ
