«Sopros de Modernidade» é o nome do concerto que a Orquestra Clássica do Sul (OCS) dará no próximo dia 28 de novembro, pelas 18h00, na Igreja Matriz de SB Messines. A iniciativa integra o plano de concertos contemplado no protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Silves (CMS) e a referida orquestra para o ano de 2015.

Neste espetáculo serão interpretadas obras de Georges Auric, Samuel Barber e Paul Hindemith, ora por um trio, ora por septeto de sopros composto por Stefania Bernardi, na flauta, Eun-Hee Sohn, no oboé, Rui Travasso e Pedro Nuno, no clarinete, Sarah Ruiz, no fagote, Thomas Gomes, na trompa e João Mogo, no trompete.

Os bilhetes têm um custo associado de 5 euros, sendo o telefone 289 860 890 o contacto da OCS para reservas e informações adicionais sobre o concerto.

De referir que este espetáculo fecha o ciclo de concertos integrados no protocolo estabelecido entre a CMS e a OCS para o ano 2015.

 

Notas ao Programa

Georges Auric foi um compositor francês, nascido em Lodève, Hérault. Foi considerado um dos “Les Six”, um grupo de artistas informalmente associado a Jean Cocteau e Erik Satie. Antes de completar 20 anos, já havia orquestrado e escrito música incidental para vários balés e produções teatrais. Teve também uma carreira distinta como compositor de cinema. Este Trio in Ré maior foi composto em 1938, quando Auric tinha cerca de 39 anos.

A música de Samuel Barber tocou audiências por todo o mundo, alcançando o estrelato através da linda e encantadora “Adagio for Strings”. É de sua autoria a peça central de repertório para instrumentistas de sopro com a indispensável “Summer Music, Op. 31”. O trabalho foi encomendado por subscrição pública sob o patronato da Chamber Music Society de Detroit e da popular personalidade da rádio, Karl Haas. Sabia-se que os participantes neste projeto frequentemente abordavam o Sr. Haas na rua e perguntavam: "Como vai correndo a composição da ‘minha’ peça?" Talvez a origem de tal popularidade no meio oeste dá a este trabalho a sua inegável familiaridade americana.

Esta peça é sugestiva, poética e nostálgica, apaixonada e mercurial. Deixa a sua marca no ouvinte durante muito tempo pelos floreados tranquilos finais. Nesta peça, Barber revisita a sua paisagem emocional e musical nesta obra para quinteto de sopros.

Hindemith compôs os quatro primeiros andamentos do “Septeto para Sopros” em Taormina no final de novembro de 1948, durante uma pausa na sua preenchida digressão. O Septeto combina o contraponto movimentado, ritmos musculares e a orquestração qualificada de ‘Kammermusik’ de Hindemith da década de 1920 com o imediatismo harmónico e a amabilidade expressiva das suas obras posteriores. Os cinco andamentos são dispostos numa forma simétrica de “arco”, com andamentos rápidos contrapontísticos no início e no fim e um único ‘Intermezzo’ servindo tanto os segundo e quarto andamentos - embora tocado para a frente pela primeira vez, e para trás, exatamente nota por nota, o segundo.

 

ORQUESTRA CLÁSSICA DO SUL

Fundada em 2002 como Orquestra do Algarve, torna-se Orquestra Clássica do Sul (OCS) em setembro de 2013, com o objetivo de levar a sua missão às regiões do Algarve, do Alentejo e da Península de Setúbal em Portugal e da Andaluzia em Espanha, oferecendo uma programação diversificada e de elevada qualidade artística.

Composta por músicos de 12 nacionalidades diferentes, selecionados em concurso público internacional, a orquestra realiza concertos de música de câmara, ópera, Concertos Promenade (destinados às famílias), concertos ligados a outras expressões artísticas (como jazz, fado, dança, literatura), workshops e masterclasses. Além da sua atividade nestas vertentes, aposta ainda numa forte ação pedagógica e educativa junto de camadas escolares, aproximando-se assim de novos públicos.

A OCS apresenta ciclos de concertos com maestros e solistas nacionais e internacionais, numa programação que inclui obras do barroco ao contemporâneo, para além dos tradicionais concertos em ocasiões festivas.

A temporada 2015 da OCS ilustra uma programação diversificada, tanto nos reportórios, como nas propostas para diferentes públicos, na qual o património musical erudito, que é a sua essência, se cruza com outras vertentes artísticas, visando sobretudo criar os espaços para que esta orquestra seja uma instituição dinamizadora na criação de oportunidades para jovens músicos, compositores e maestros.

Atualmente conta com Rui Pinheiro como Maestro Titular, John Avery como Maestro Associado e Cesário Costa como Principal Maestro Convidado.

 

Por: CM Silves