O PSD foi responsável pela maior saída de médicos de que há memória no Algarve e pela consequente destruição da qualidade do Serviço Nacional de Saúde na região.

Importa, numa altura em que o grupo Parlamentar do PSD veio ao Algarve falar de saúde, não deixar cair em esquecimento que entre 2011 e 2015 serviços inteiros dos hospitais algarvios foram depauperados dos seus profissionais, nalgumas casos os mais experientes, que não suportaram ver a destruição continuada dos cuidados públicos de saúde. 

Vários serviços perderam médicos e ficaram mesmo sem capacidade de resposta, especialidades perderam idoneidade formativa, os concursos para a contratação de novos médicos ficavam, um após outro, desertos, aumentaram os conflitos e as tensões laborais, as listas de espera cresceram e degradou-se a qualidade da medicina praticada. 

Passos Coelho que enquanto primeiro-ministro, reduziu a zero o investimento no Centro Hospitalar do Algarve  deixando degradar completamente os equipamentos clínicos, não tem condições morais para agora vir exigir publicamente aquilo que não permitiu que se fizesse

Pedro Passos Coelho bem pode agora tentar reescrever a história  mas os algarvios recordam-se bem da destruição que o seu Governo levou a cabo nos hospitais de Faro, Portimão e Lagos.

Hoje temos mais algarvios com médico de família, o atual Governo abriu três novas unidades de saúde familiar e reabriu há dias duas  extensões de saúde que haviam sido enceradas pela coligação PSD / CDS. Foi ainda criado o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve, um consórcio entre os hospitais do Algarve e a Universidade, estimulando parcerias entre a prática clínica e a investigação, sendo que o Ministério da Saúde já anunciou um novo modelo de gestão para os hospitais do Algarve, acabando com o CHA, criando um centro universitário, que devolverá maior autonomia clínica e operacional aos hospitais de Faro e do Barlavento.

É claro que não se consegue construir num dia o que a direita destruiu em quatro anos.

Ao invés do que aconteceu com o governo de Passos Coelho hoje temos a decorrer  concursos públicos para aquisição de material diverso em valor superior a cinco milhões de euros os quais fazem parte de um plano de investimentos para o triénio de 2017 a 2019 no montante global de dezanove milhões de  euros.

Sabemos que temos ainda muito trabalho pela frente, os deputados eleitos pelo PS no Algarve sublinham que a construção de um novo hospital é uma justa aspiração da região, para a qual reafirmamos o nosso compromisso político, mas depois da razia que o PSD fez nos serviços de saúde públicos do Algarve, julgamos que a estratégia de alteração do modelo de gestão dos hospitais, devolvendo autonomia clinica a Portimão e Lagos, o reforço do número de médicos e enfermeiros e a reversão do encerramento das unidades de saúde locais, são neste momento as decisões necessárias e corretas. 

 

Por: PS Algarve