«muitos dos quais a desempenhar funções superiores às da sua categoria profissional, no que se pode apelidar de aparente despedimento coletivo».
Na missiva remetida sexta-feira, o parlamentar eleito pelo Algarve refere que, a confirmar-se esta realidade, «o envio para a requalificação destes trabalhadores contribuirá para acentuar a degradação dos serviços públicos prestados, já de si numa situação de enorme agonia, causada pelo encerramento de serviços de proximidade e de tesourarias em diversos pontos do País».
Miguel Freitas expressa a sua indignação com o facto de o Governo continuar «apostado em ferir os mais indefesos», considerando «imoral que as pseudo-poupanças se continuem a fazer à custa do direito ao trabalho dos mais desprotegidos, como se neles residissem as tão proclamadas gorduras do Estado».
«Com esta iniciativa, o Governo revelando grande insensibilidade social, já que, ao mesmo tempo, despende avultadas verbas em estudos e pareceres, em claro benefício do setor privado», refere o Deputado do Partido Socialista.
Miguel Freitas associa-se «à indignação pública que esta decisão tem suscitado, e, solidário com os trabalhadores e suas famílias» exige saber, do Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, com que fundamentos e critérios procedeu o Governo à seleção de trabalhadores para o processo de requalificação-despedimento, qual é o número de trabalhadores afetados (e em que categorias profissionais e áreas de função) e em que Concelhos do Distrito de Faro exercem funções os trabalhadores abrangidos por esta medida.
O Deputado eleito por Faro exige ainda saber que impactos resultarão desta medida em termos de capacidade de resposta dos serviços da Segurança Social no Algarve, «tendo presentes as múltiplas queixas pela demora no atendimento ao público», e se está o Governo «em condições de assegurar, sob compromisso de honra, que todos estes trabalhadores manterão um posto de trabalho, sem perda de dignidade ou direitos».
Por: PS Algarve