Comissão Concelhia de Faro do PCP condena suspensão da assistência às grávidas.

A Comissão Concelhia de Faro do PCP, lamenta e condena a suspensão da assistência às grávidas durante os meses de Agosto e Setembro no Hospital de Faro e sublinha que esta grave decisão – tal como outras que têm sido tomadas - vem ilustrar, mais uma vez, o processo de contínua degradação do Serviço Nacional de Saúde na região e no país, inserindo-se na estratégia de desmantelamento do SNS e de crescente privatização dos cuidados de saúde.

Perante a insuficiência gritante dos cuidados primários, o crónico subfinanciamento hospitalar, perante a destruição das carreiras médicas e a fragilização dos quadros médicos pela precariedade de emprego e pela transferência de profissionais para a prática privada, perante a insuficiência de profissionais de saúde (mais de 800 segundo a ARS) para responder não só ao pico do Verão, mas a todos os meses do ano, o Governo, por via da administração hospitalar, ao mesmo tempo que tenta desvalorizar o problema, abre a porta ao recurso de empresas privadas (já confirmado pela ARS) alimentando assim um negócio que cresce à custa do erário público e da destruição do SNS.

O PCP relembra que no seguimento da ameaça de encerramento da maternidade pública de Portimão cuja reacção enérgica das populações conseguiu travar, surge agora o reconhecimento por parte dos serviços do Hospital de Faro da impossibilidade de “assegurar com qualidade e segurança todas as actividades do Serviço de Obstetrícia” (blocos, ecografias e outras técnicas diagnósticas, consultas e enfermaria), degradando assim de forma desumana o necessário acompanhamento das mulheres grávidas na região do Algarve, designadamente, aquelas com mais baixos recursos. Neste sentido, o PCP, por via do deputado Paulo Sá, não só irá questionar o Governo na Assembleia da República sobre esta situação, como exige que sejam tomadas medidas urgentes de reforço do quadro clínico do Hospital de Faro para responder a este e a outros problemas.

O PCP ao mesmo tempo que apela à luta dos trabalhadores e das populações algarvias em defesa do Serviço Nacional de Saúde, relembra que as próximas eleições legislativas que terão lugar a 4 de Outubro, constituem uma oportunidade não só para penalizar e derrotar os responsáveis pela política de direita – PSD, PS e CDS – que está a conduzir o país para o desastre, mas também, para dar mais força à CDU e a uma política patriótica e de esquerda que defenda o SNS e assegure um Portugal com futuro.

 

Por PCP Algarve