Atrasos e adiamento das obras na EN125 – Portagens na Via do Infante

Na semana em que o PCP leva à votação o seu projeto de resolução sobre as obras de requalificação da EN125 e já depois de ter apresentado também na Assembleia da República uma nova iniciativa com vista à abolição das portagens na Via do Infante, o PCP vai realizar esta quinta-feira, dia 24, em vários pontos da EN125 entre Loulé e Lagos, uma ação de contacto com os automobilistas visando o seu esclarecimento e mobilização contra a situação caótica que se está a instalar nesta via.

De facto, a EN 125, nos últimos meses, transformou-se num inferno para milhares de automobilistas que perdem horas em longas filas de trânsito prejudicando as suas vidas. Automobilistas que recorrem a esta via pois a alternativa implica pagar portagens na Via do Infante também elas impostas ao Algarve pelo PS, PSD e CDS.

As obras inicialmente previstas para a EN 125 e o atraso da sua conclusão penaliza os utentes, degrada a qualidade de vida das populações cujas povoações são atravessadas por esta estrada, contribui para a degradação da imagem do Algarve e o afastamento de muitos turistas, prejudica gravemente a economia regional e agrava ainda mais a crise económica e social que assola o Algarve, além de contribuir para o aumento da sinistralidade rodoviária.

Com o início da primavera e a aproximação da época alta do turismo no Algarve, avolumam-se as preocupações quanto aos problemas que se podem vir a agravar durante o verão.

Como o PCP tem denunciado as obras de requalificação da EN 125, atribuídas em abril de 2009 à empresa privada Rotas do Algarve Litoral, deveriam ter sido concluídas em 2011/2012. O anterior Governo PSD/CDS suspendeu durante vários anos as obras de requalificação da EN 125, com sérios prejuízos para os utentes e para a economia regional e, em agosto de 2015, autorizou a Infraestruturas de Portugal a redefinir o âmbito dos trabalhos integrados no contrato da subconcessão Algarve Litoral, que passou a incluir a requalificação da EN125 entre Vila do Bispo e Olhão, bem como as variantes de Lagos, Faro e S. Lourenço/Troto. Mas ficaram de fora a requalificação na EN125 entre Olhão e Vila Real de Santo António, que passou para a responsabilidade da empresa Infraestruturas de Portugal e foram adiadas sine die a construção das variantes de Odiáxere, Olhão, Luz de Tavira, da variante à EN 2 entre Faro e S. Brás de Alportel e da variante à EN 395.

O Governo PSD/CDS deve ser responsabilizado pela situação a que se chegou. Mas exige-se simultaneamente uma outra política ao atual governo PS e não o prolongamento da opção de submissão às empresas concessionárias. O PCP exige do atual governo a correção deste rumo.

- Há que acabar com as portagens colocando a Via do Infante ao serviço das populações do Algarve em vez dos lucros da concessionária;

- Há que reforçar o investimento público, tomar medidas para a rápida conclusão das obras e alargar o investimento a toda a EN125;

- Há que renegociar e reverter as Parcerias Público Privadas que foram constituídas que, como está à vista, não resolvem nenhum problema da região.

 

Por: PCP Algarve