Em comunicado, o partido refere: «Num momento em que aumentam os preços dos bens e serviços essenciais, com o consequente agravamento do custo de vida e se assiste ao crescimento brutal dos lucros dos principais grupos económicos que se estão a aproveitar da guerra e das sanções e a especular com os preços, mais se justifica o aumento dos salários. No Algarve, e particularmente no setor do Turismo, toda esta situação é ainda mais agravada, seja pela sazonalidade, seja pelos elevados custos de habitação, seja ainda pela insuficiência gritante de transportes públicos».
«Aliás, não deixa de ser significativo que os grupos económicos deste setor se lamentem da falta de trabalhadores, quando na verdade, o que está na origem desse problema, não são os impostos ou a proteção social que se conquistou, mas sim os salários baixos e a exploração que predomina no setor. E não são os salários dos trabalhadores que esmagam as micro, pequenas e médias empresas algarvias são, sobretudo, os lucros astronómicos dos grupos económicos - juros e comissões, portagens, energia, seguros, comunicações, etc - resultantes do seu poder e domínio sobre a economia e a vida nacional», acrescento o PCP.
O PCP reafirma que «não existe incompatibilidade entre um setor turístico dinâmico e sustentável e a valorização dos direitos dos trabalhadores e dos seus salários. É isso que se impõe e não o caminho do empobrecimento e exploração de milhares de trabalhadores na região».