APFN apela ao reforço das políticas de apoio às famílias

De acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística, “em 2016, Portugal manteve um saldo natural negativo situado em -23 409”(nascimentos menos óbitos).  Desde que não há renovação de gerações em Portugal, existe um défice superior a um milhão e quatrocentas mil crianças em Portugal, que não é compensado, desde 2010, pela imigração.

A APFN apela à urgência na implementação de políticas de família estáveis e transversais que possibilitem aos portugueses cumprirem o seu desejo de ter filhos (segundo o estudo de fecundidade do INE, esse desejo situa-se nos 2,3 filhos), bem longe do que se verifica na realidade. A trajetória de ligeira subida nos nascimentos tem mostrado que pequenos sinais possuem resultados, mas é necessário que estes sinais se reforcem pois estamos ainda muito aquém do potencial existente.

A APFN lamenta que Portugal seja um dos países da Europa com menor despesa pública de apoio a famílias com filhos, em termos de medidas de correção fiscal, equipamentos, serviços e apoios financeiros diretos.

É para nós evidente que muitos problemas que o País atravessa se resolveriam com o desejado aumento da natalidade, que tem sempre como consequência uma dinâmica global de crescimento.

Lamentamos profundamente que o foco governativo não incida sobre esta questão essencial e no compromisso sério do Estado com os cidadãos e as suas famílias.  Pois é evidente que sem nascimentos em Portugal e uma aposta clara nas políticas de família a sustentabilidade do País fica completamente comprometida, a todos os níveis.

 

Por: APFN