O Portimonense conquistou hoje o primeiro ponto na presente edição da I Liga de futebol, ao empatar 1-1 em casa do Arouca, equipa que continua sem perder no arranque de época.

Os algarvios, ainda sem ganhar na prova, adiantaram-se cedo no marcador, através de Hélio Varela, aos cinco minutos, mas os arouquenses, que somaram o terceiro jogo sem perder, igualaram na reta final da partida, por intermédio de Sylla, aos 84.

Com este empate, o Arouca fica isolado no quinto posto, com cinco pontos, enquanto o Portimonense sobe para já ao 16.º lugar, com um ponto.

 

Futebol: I Liga/ Arouca - Portimonense (ficha)

 

O Arouca e o Portimonense empataram hoje, por 1-1, em jogo da terceira jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Arouca.

Jogo realizado no Estádio Municipal de Arouca, em Arouca.

Arouca – Portimonense: 1-1.

Ao intervalo: 0-1.

Marcadores:

0-1, Hélio Varela, cinco minutos.

1-1, Morlaye Sylla, 84.

 

Equipas:

- Arouca: Arruabarrena, Tiago Esgaio, Nino Galovic (Bogdan Milovanov, 75), Rafael Fernandes, Mateus Quaresma (André Bukia, 82), Pedro Santos (Alfonso Trezza, 46), David Simão (Eboué Kouassi, 89), Morlaye Sylla, Jason Remeseiro (Miguel Puche, 75), Cristo González e Rafa Mujica.

(Suplentes: João Valido, Bogdan Milovanov, Eboué Kouassi, Uri Busquets, Pedro Moreira,Yusuf Lawal, Alfonso Trezza, André Bukia e Miguel Puche).

Treinador: Daniel Ramos.

- Portimonense: Kosuke Nakamura, Igor Formiga (Guga, 46), Filipe Relvas, Alemão, Gonçalo Costa, Dener, Maurício (Paulo Estrela, 68), Hélio Varela (Luan Campos, 82), Carlinhos (Lucas Ventura, 90+05), Ronie Carrilo e Rildo (Rafael Alcobia, 68).

(Suplentes: Vinicius Silvestre, Guga, Rafael Alcobia, Moustapha Seck, Lucas Ventura, Paulo Estrela, Dennis Adeniran, Paulinho e Luan Campos).

Treinador: Paulo Sérgio.

 

Árbitro: Carlos Macedo (AF Braga).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Igor Formiga (25), David Simão (59) e Dener (54).

Assistência: 2.252 espetadores.

COMENTÁRIO: Empate entre Arouca e Portimonense dá aos algarvios o primeiro ponto na I Liga

 

O Arouca e o Portimonense empataram hoje, por 1-1, naquele que foi o primeiro ponto conquistado pelos algarvios, proporcionado pelo golo madrugador de Hélio Varela, aos cinco minutos de jogo, na terceira jornada da I Liga de futebol.

O golo do extremo revelou-se decisivo para que o Portimonense pudesse conquistar um ponto e defender o resultado, num encontro em que a equipa de Daniel Ramos, que ainda empatou por Morlaye Sylla, aos 84, foi praticamente a única a atacar.

À partida para o encontro, o Arouca apresentava-se como favorito após somar quatro pontos nas duas primeiras rondas do campeonato, uma vitória frente ao Estoril Praia (4-3) e um empate diante do Vizela (2-2), resultados intercalados pela participação na Liga Conferência Europa e conseguidos em inferioridade numérica.

Já o conjunto de Paulo Sérgio não teve o mais auspicioso dos arranques em 2023/2024, com derrotas pesadas frente ao Gil Vicente (5-1) e Boavista (4-0), e havia a expectativa de ver se o recente regresso de Dener ao clube, prontamente titular, traria outra vivacidade ao meio-campo algarvio.

Pela diferença no momento de forma das equipas, ao qual se juntava ao ‘fator casa’, os ‘lobos’ eram, no plano teórico, claros favoritos, mas, logo aos cinco minutos de jogo, a formação de Portimão adiantou-se no marcador.

Com a defensiva arouquense aparentemente desconcentrada depois de um lançamento lateral cobrado de forma rápida, a bola chegou a Hélio Varela que, dentro da área, protagonizou um excelente trabalho individual que culminou num remate rasteiro que terminou no fundo das redes.

O momento do golo foi crucial no desenrolar da partida, com o Portimonense a fechar os caminhos da sua baliza num bloco muito compacto, quase sempre reduzido ao seu terço defensivo, perante um Arouca que procurava desbloquear os caminhos para uma baliza ‘guardada a sete chaves’.

Os cabeceamentos de Morlaye Sylla e Rafa Mujica (oito e 17 minutos, respetivamente), resultantes de boas jogadas coletivas, foram raras exceções de oportunidades de golo por parte de um Arouca que não apresentava soluções ofensivas.

Na segunda parte, principalmente nos minutos iniciais, os ataques dos anfitriões tornaram-se mais incisivos, enquanto o Portimonense continuava a reduzir-se a defender o resultado, raras eram as saídas dos visitantes em transições.

Remeseiro aparecia ‘endiabrado’ pelo corredor direito e, aos 51, esteve próximo do golo num remate em arco, e Cristo criou também uma oportunidade perigosa, três minutos depois.

O tento da igualdade viria a surgir por Morlaye Sylla, com 84 minutos jogados, quando o guineense furou a defensiva adversária, a passe em profundidade de David Simão e, isolado, atirou para a igualdade, num lance que inicialmente até havia sido anulado por um eventual fora de jogo, contrariado depois pelo videoárbitro.

Mesmo a fechar (90+02), Alfonso Trezza teve uma oportunidade soberana para marcar na estreia, de baliza aberta, na sequência de um canto, mas atirou por cima para grande desespero dos adeptos caseiros.

Com este resultado, o Arouca soma cinco pontos ao fim de três jornadas, ocupando provisoriamente o quinto lugar, enquanto o Portimonense somou o primeiro e é agora o 16.º.

Futebol: I Liga / Farense – Desportivo de Chaves (Declarações)

 

Declarações após o jogo Farense-Desportivo de Chaves (5-0), da terceira jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Faro:

 

- José Mota (treinador do Farense): “Nós sabemos que fizemos um jogo muito positivo, que me agradou. Mas agradou-me pela forma como a equipa se concentrou, pela nossa estratégia, por tudo aquilo que montámos e trabalhámos durante a semana.

Muitas vezes trabalhamos e a causa-efeito não acontece. Neste caso, entrámos muitíssimo bem, pressionantes, ganhámos a maior parte dos duelos e saímos com rapidez pelos corredores, tornando a marcação do [Desportivo de] Chaves incaracterística. Não deixámos o adversário pensar e fomos rápidos nas decisões.

É claro que quando as coisas começam a tomar aquelas proporções – ou seja, um, dois, três, quatro golos –, também se percebe que as coisas têm de correr muitíssimo bem a uma equipa e têm de correr mal também à outra.

Por aí, se calhar não justificávamos ter esses golos nem o Chaves justificava estar a perder por 4-0. Mas isso é mesmo assim. Recentemente, tivemos aqui um jogo que não merecíamos perder por 3-0 [frente ao Casa Pia] e perdemos. O futebol é cada vez mais isto, o trabalhar para, mas é preciso ter eficácia e situações de jogo que nos ajudam a ter este tipo de resultados.

As coisas foram acontecendo e com o 4-0 percebe-se que a força anímica do adversário não é muito forte. Também não conseguimos manter esse ritmo eletrizante.

O que pedi ao intervalo não era fazer mais golos, era não sofrer. Gostava que esta vitória não tivesse golos sofridos, porque é tão importante não sofrer golos. Não sofrer golos dá uma força anímica, para quem trabalha, muito positiva.

O que nós pretendíamos era vencer o Desportivo de Chaves, o que nós pretendíamos era os três pontos. Isso é que é importante. Para a maior parte destes jogadores, é a primeira vitória na I Liga e isto é um fator motivador para eles encararem de uma forma diferente todo o campeonato.”

 

- José Gomes (treinador do Desportivo de Chaves): “Acho que foram cinco cruzamentos e quatro golos e, portanto, uma permissividade em termos defensivos surpreendente, por aquilo que os jogadores têm trabalhado e têm demonstrado noutros jogos.

A origem dos golos [sofridos] no último jogo [derrota por 2-4 frente ao Sporting de Braga] não tem nada que ver com a origem dos golos [sofridos] neste jogo. Parecia que tudo era muito fácil para o Farense, cada vez que chegavam lá criavam perigo, e depois, do outro lado, quando chegámos com perigo não conseguimos converter.

Isso repetiu-se na segunda parte, com mais um golo do Farense e nós a criarmos também algumas oportunidades. Apesar de o Farense também ter criado duas claras oportunidades na segunda parte. Convertidas todas as oportunidades, isto era jogo para ficar 7-5.

Foi, realmente, mau de mais a falta de agressividade a nível defensivo, a forma fácil com que conseguiram converter na nossa área. Parabéns ao Farense, que aproveitou as oportunidades que nós demos.

O único responsável por esta derrota sou eu. É a mim que me compete levantar o ânimo destes jogadores, preparar a próxima semana e dar a volta à situação.”