Portimonense e Vitória de Guimarães empataram hoje 1-1 em jogo da 22.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Portimão.

André Silva deu vantagem aos minhotos, aos 20 minutos, e o suplente Guga empatou para os algarvios, aos 79.

Com este empate, o segundo seguido de uma série de três jogos sem perder, o Vitória de Guimarães subiu provisoriamente ao quarto lugar, destacando-se do rival Sporting de Braga, com 41 pontos, enquanto o Portimonense quebrou um ciclo de duas derrotas e segue no 12.º posto, com os mesmos 22 do Gil Vicente.

Futebol: I Liga/ Portimonense – Vitória de Guimarães (ficha)

Portimonense e Vitória de Guimarães empataram hoje 1-1, em jogo da 22.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado em Portimão.

Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão.

Portimonense – Vitória de Guimarães, 1-1.

Ao intervalo: 0-1.

 

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0-1, André Silva, 20 minutos.

1-1, Guga, 79.

 

Equipas:

- Portimonense: Nakamura, Igor Formiga (Guga, 75), Alemão (Ronie Carrillo, 75), Pedrão, Filipe Relvas, Dener (Gonçalo Costa, 34), Lucas Ventura, Sylvester Jasper (Rodrigo Martins, 80), Carlinhos, Hélio Varela e Hildeberto Pereira.

(Suplentes: Vinicius Silvestre, Thiago Dombroski, Mvoué, Fukui, Gonçalo Costa, Ronie Carrillo, Guga, Rodrigo Martins e Zinho).

Treinador: Paulo Sérgio.

- Vitória de Guimarães: Charles, Jorge Fernandes, Manu Silva, Tomás Ribeiro, Bruno Gaspar (Miguel Maga, 85), André André (Zé Carlos, 63), Tiago Silva, Ricardo Mangas, Nuno Santos, João Mendes (Nélson Oliveira, 70) e André Silva (Kaio César, 85).

(Suplentes: Rafa, Miguel Maga, Adrián Butzke, Zé Carlos, Kaio César, Hugo Nunes, Alberto Baio, Afonso Freitas e Nélson Oliveira).

Treinador: Álvaro Pacheco.

Árbitro: António Nobre (AF Leiria).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Jorge Fernandes (12), Nuno Santos (53), Pedrão (53), Lucas Ventura (66), Nélson Oliveira (76), Kaio César (86) e Hildeberto Pereira (90+5).

Assistência: 2.144 espetadores.

COMENTÁRIO: Vitória começou melhor em Portimão, mas algarvios justificaram empate

O Vitória de Guimarães começou hoje melhor e saiu para o intervalo em vantagem, mas o Portimonense justificou o empate (1-1) alcançado na reta final do emocionante encontro da 22.ª jornada da I Liga de futebol.

O avançado brasileiro André Silva abriu o marcador aos 20 minutos, dando expressão ao melhor arranque dos minhotos na partida, com o jovem lateral português Guga a sair do banco para dar um ponto à sua equipa, aos 79, na estreia a marcar no campeonato.

O Vitória, com a segunda igualdade seguida, subiu provisoriamente ao quarto lugar, com 41 pontos, mais um do que o Sporting de Braga, que só joga no domingo, enquanto o Portimonense, que voltou a pontuar depois de duas derrotas consecutivas, é 12.º classificado, também de forma provisória, com 22 pontos.

Nos algarvios, registou-se apenas uma mudança em relação à derrota da jornada anterior com o Estrela da Amadora (3-0), com a entrada de Sylvester Jasper, enquanto Álvaro Pacheco, sem os castigados Borevkovic e Jota Silva e o lesionado Tomás Handel, fez três alterações forçadas no ‘onze’ dos minhotos face ao empate com o Benfica (2-2), com o experiente médio internacional português André André a ter a primeira titularidade no campeonato.

O Vitória, que manteve o habitual sistema tático com três centrais, entrou melhor e, com um futebol afirmativo, empurrou um inerte Portimonense para o seu terço defensivo.

Após ameaças de Bruno Gaspar (cinco minutos) e André Silva (oito), os minhotos viram António Nobre exibir cartão vermelho a Jorge Fernandes (pisão a Carlinhos), mas o árbitro, alertado pelo videoárbitro (VAR), reverteu a expulsão para cartão amarelo após observar o lance.

Com o domínio do jogo, os vimaranenses aproveitavam os espaços na defensiva algarvia para criar perigo, acabando por chegar ao 1-0, aos 20 minutos, num lance criado por João Mendes à esquerda e em que Ricardo Mangas falhou o remate na área, com a bola a sobrar para a emenda fácil de André Silva – quarto jogo consecutivo a marcar –, sozinho ao segundo poste.

Foi o golo dos forasteiros que tirou os algarvios da letargia, com Hildeberto Pereira a rematar para a primeira intervenção de Charles na partida, aos 25 minutos, e Carlinhos a atirar forte de fora da área a centímetros do poste (28).

Paulo Sérgio mexeu na equipa e, até ao intervalo, o Portimonense continuou a ter ascendente, mas Charles evitou a tentativa do isolado Hélio Varela (39 minutos) e o cruzamento/remate traiçoeiro de Gonçalo Costa (44).

O reatamento parecia reequilibrar a balança, mas um cabeceamento perigoso de Filipe Relvas, para defesa ‘apertada’ de Charles (55 minutos), colocou novamente a formação de Portimão por cima.

O central voltou a estar perto do 1-1, não fosse um corte decisivo de Tomás Ribeiro, aos 61 minutos, já numa fase em que Álvaro Pacheco tentava dar outro rumo à sua equipa a partir do banco minhoto.

Quando os algarvios pareciam perder o ímpeto, igualaram a partida, aos 79 minutos, num cabeceamento certeiro de Guga ao segundo poste, após trabalho individual e cruzamento de Hélio Varela, à esquerda.

Com o jogo ‘partido’ nos minutos finais, Nélson Oliveira (90) e Carlinhos (90+1) desperdiçaram boas oportunidades, uma para cada lado, antes de alguns minutos de ‘suspense’.

Aos 90+5 minutos, António Nobre assinalou grande penalidade para o Vitória, por falta de Lucas Ventura sobre Nuno Santos, mas o juiz leiriense mudou a decisão depois de ser alertado pelo VAR para o facto de a carga ter sido cometida fora da área.

Da marcação do livre direto nada resultou, mas aos 90+10, no último lance do encontro, Manu Silva esteve perto do 2-1, cabeceando perto do poste esquerdo da baliza de Nakamura.

Futebol: I Liga/ Portimonense – Vitória de Guimarães (Declarações)

Declarações após o jogo Portimonense-Vitória de Guimarães (1-1), da 22.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Portimão:

 

- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Tivemos 20 minutos muito maus. Aquilo que preparámos para pressionar o Vitória não funcionou, porque quando saíamos para pressionar, alargávamos muito a equipa e a nossa última linha não subia na pressão.

Andámos 20 minutos ‘aos papéis’, passámos mal, com um futebol de muita qualidade do Vitória e muito demérito nosso na forma como o consentimos.

Alterámos as coisas, para procurar coisas diferentes e foi conseguido. Conseguimos pressionar, ser perigosos. Acho que o jogo divide-se entre 20 minutos [do Vitória] e depois 70 minutos nossos, com uma grande atitude dos atletas a querer reverter o rumo dos acontecimentos, mas infelizmente com pouca eficácia nas ocasiões criadas.

[Na parte final do jogo] Corremos o risco de ser o Vitória a fazer o segundo golo, só por pensarmos em fazer o nosso segundo golo, com alguns jogadores a quebrarem os posicionamentos aqui e ali, o que não pode acontecer. Seria inglório, depois de tanto trabalho. Uma equipa que trabalhou tanto tem de manter o discernimento e não dar azo a esse tipo de situações.

Levamos daqui atitude, entrega e as coisas de qualidade que foram feitas. Queremos pegar nisto e crescer, é sempre o nosso objetivo. Dar respostas boas, porque todos os jogos são difíceis e as equipas têm muita qualidade”.

 

- Álvaro Pacheco (treinador do Vitória de Guimarães): “Nós entrámos muito bem no jogo, entrámos dominantes, a criar muitas oportunidades e a empurrar o Portimonense para o último terço. Mesmo com poucos espaços, com o nosso jogo posicional acelerámos pelos corredores laterais e pelo corredor central.

Chegámos ao golo e mantivemos o controlo. Na primeira parte, o Portimonense só em bolas paradas [criou perigo] e teve um lance de contra-ataque que nasce de uma falta sobre um jogador nosso.

Também entrámos muito bem na segunda parte, mas o Portimonense, a perder, começou a meter muitos jogadores no seu processo ofensivo, com um jogo direto.

Tínhamos de ter a serenidade de ter a bola, mas, mesmo com as substituições, fomos perdendo essa capacidade de ter bola. Isso começa a criar na outra equipa um elã, uma crença, e o Portimonense teve oportunidades para chegar ao empate.

Com uma primeira parte em que podíamos ter chegado ao intervalo a ganhar por margem mais dilatada, e uma segunda parte em que o jogo ficou mais repartido, com ocasiões dos dois lados, penso que o resultado acaba por se justificar.

Depois do empate, também tivemos oportunidades para fazer o 2-1, mas seria uma injustiça para o que o Portimonense fez na segunda parte.

Queríamos muito ter ganhado, mas o campeonato faz-se por pontos e levamos daqui um ponto na nossa caminhada”.

 

Por:Lusa