O Portimonense regressou ontem aos triunfos na I Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 1-0 na receção ao rival algarvio Farense, no jogo que abriu a 17.ª jornada da competição.

Carlinhos, aos 58 minutos, de grande penalidade, marcou o único golo da partida, que permitiu à formação de Portimão encerrar uma série de cinco jogos sem vencer e subir provisoriamente ao 10.º lugar, com 18 pontos.

Já o Farense averbou a segunda derrota consecutiva fora de casa e mantém-se na sétima posição do campeonato, com 21 pontos.

Futebol: I Liga/ Portimonense - Farense (Ficha)

 

O Portimonense venceu ontem o Farense, por 1-0, em jogo da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado em Portimão.

Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão.

Portimonense – Farense, 1-0.

Ao intervalo: 0-0.

Marcador:

0-1, Carlinhos, 58 minutos (grande penalidade).

 

Equipas:

- Portimonense: Kosuke Nakamura, Igor Formiga, Pedrão, Alemão (Gonçalo Costa, 67), Relvas, Sylvester Jasper (Estrela, 81), Dener, Lucas Ventura, Carlinhos (Luan, 81), Hélio Varela (Zinho, 89) e Ronie Carrillo.

(Suplentes: Vinicius, Ricardo Sousa, Maurício, Gonçalo Costa, Estrela, Guga, Luan, Midana e Zinho).

Treinador: Paulo Sérgio.

- Farense: Ricardo Velho, Fran Delgado (Cristian, 78), Gonçalo Silva, Muscat, Talocha, Fabrício Isidoro (Vítor Gonçalves, 64), Mattheus Oliveira, Caseres (Rafael Barbosa, 79), Belloumi (Baldé, 64), Marco Matias e Bruno Duarte (Rui Costa, 56).

(Suplentes: Luiz Felipe, Igor Rossi, Artur Jorge, Baldé, Rafael Barbosa, Talys, Rui Costa, Cristian e Vítor Gonçalves).

Treinador: José Mota.

 

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Pedrão (18), Caseres (38), Carlinhos (69), Fran Delgado (73) e Muscat (90+4).

Assistência: 3.611 espetadores.

 

COMENTÁRIO: Portimonense regressa às vitórias ao impor-se no dérbi algarvio

 

O médio ofensivo brasileiro, aos 58 minutos, apontou o castigo máximo que decidiu a partida, pondo fim a uma série de cinco jogos consecutivos do Portimonense sem vencer no campeonato.

Com esta vitória, a formação de Paulo Sérgio deixou os últimos lugares da tabela classificativa, ascendendo provisoriamente ao 10.º posto, com 18 pontos.

Paulo Sérgio fez quatro alterações em relação à partida anterior, diante do Rio Ave (derrota por 2-0), com as entradas de Kosuke, Jasper, Ronnie Carrillo e Igor Formiga para os lugares de Vinicius, Gonçalo Costa, Guga e Luan.

Por seu lado, o técnico do Farense, José Mota, apresentou praticamente o mesmo 'onze' que alinhou na jornada anterior, em que venceu em casa o Gil Vicente, por 1-0, apenas com uma mudança, a troca de Caseres por Falcão.

A formação orientada por Paulo Sérgio entrou melhor no jogo e, aos seis minutos, teve em Pedrão a ocasião para abrir o marcador, com o guarda-redes Ricardo Velho a travar o remate quase em cima da linha de baliza.

Um minuto depois, Ronnie Carrillo, em boa posição na área, rematou ao lado da baliza, depois de trabalho individual de Carlinhos na esquerda do ataque da formação de Portimão.

O lance ‘acordou’ a turma do Farense que, a partir de então, demonstrou maior agressividade a fechar os espaços, conseguindo o primeiro lance de perigo aos 15 minutos, num remate de Mattheus Oliveira, mas travado por Kosuke.

Depois de um período de equilíbrio, só perto do intervalo é que voltaria a surgir nova ocasião de golo e para o Farense, com o guarda-redes nipónico do Portimonense a opor-se ao remate de Fabrício Isidoro.

A segunda parte começou praticamente com o golo dos da casa, após um lance que castigou o derrube de Fran Delgado a Falcão: Carlinhos, chamado a converter o penálti, rematou forte longe do alcance de Ricardo Velho.

Depois do golo, o Portimonense acentuou o seu domínio, mas sem criar situações para dilatar o marcador, enquanto o Farense raramente saiu do seu meio terreno, o que resultou na inexistência de ocasiões de golo.

Futebol: I Liga/ Portimonense - Farense (declarações)

 

Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): "Este resultado soube bem, porque foi uma vitória inteiramente merecida.

Um jogo equilibrado, bem jogado em vários momentos, em que os números falam todos a nosso favor, quer em ataques, quer na posse de bola até ao intervalo.

Depois de marcarmos, estrategicamente demos um pouco de iniciativa ao adversário.

Temos uma equipa jovem que vai, certamente, aproveitar o dia de hoje para ter um aprendizado importante, porque há jogadores que disputaram um dérbi pela primeira vez.

Portanto, estou muito satisfeito por vencer mais um dérbi algarvio, três pontos que são importantes para a nossa caminhada.

Cometemos poucos erros e, depois do golo, ainda tivemos oportunidades que nos poderiam ter dado o golo da tranquilidade.

O Farense teve algumas 'nuances' que nos causaram dificuldades, mas corrigiu-se e a equipa teve um comportameto exemplar a todos os níveis.

Uma vitória merecida e com muito trabalho diante de uma equipa muito bem organizada".

 

- José Mota (treinador do Farense): "Vou ter de resumir o jogo que teve 96 minutos e que deveria ter 100 ou mais, porque já tive jogos esta época com muito menos anti-jogo que este. Seis minutos de compensação para um jogo destes acho que é muito pouco. Percebo muito pouco de futebol e de arbitragem, e, como tal, não vou falar mais.

Acho que fomos melhor equipa que o Portimonense. Não foi um primor de jogo, mas penso que fomos melhores e acabámos por perder com um lance típico à portuguesa, uma grande penalidade em que, no meu ponto de vista, quem faz a falta é um jogador do Portimonense. Um lance que deu três pontos à equipa que menos fez para vencer.

Tivemos uma primeira parte em que dominámos, tirando os primeiros 10 minutos em que o Portimonense teve dois lances que poderia ter finalizado, mas, a partir daí, não fez mais nada em que realmente tivesse tido relevo.

Nós tomámos conta do jogo, chegámos mais perto da baliza, mas a verdade é que se manteve o 0-0 durante a primeira parte, com sinal mais do Farense.

Na segunda parte, as equipas estiveram muito encaixadas, o jogo foi muito disputado, mas sem grandes oportunidades, até que surge esse lance que decide o jogo.

Da forma como o jogo se estava a desenrolar, qualquer golo poderia funcionar como um tónico muito importante.

O Portimonense acaba por defender muito bem a vantagem, mas tivemos mais bola. Mas a verdade é que eles estavam muito posicionados e não tivémos arte e engenho para entrar no último reduto do adversário.

Fui obrigado a fazer uma alteração, tirando o Bruno Duarte, lesionado, depois de uma agressão que não foi sancionada, o que nos dificultou bastante em termos ofensivos.

É um resultado que premeia a grande penalidade e que dá os três pontos ao adversário que não mereceu vencer este jogo. Custou-me muito perder este jogo porque o adversário não teve mérito para o vencer".

 

Lusa