Segundo o Ministro da Agricultura, o governo vai aprovar legislação para proibir o uso do pesticida glifosato em espaços públicos, dentro de um mês ou mês e meio, mas admitiu excepções para controlar pragas.

Em resposta a um deputado do PSD, que considerou que a proibição do glifosato pode pôr em causa a competitividade agrícola e vai contra uma decisão anterior do parlamento, que chumbou três projectos de resolução para interditar o uso do herbicida, o Ministro sublinhou que o produto pode continuar a ser usado nas actividades agrícolas.

Para Capoulas Santos, o objectivo não é fazer uma proibição total, mas precaver os riscos para a saúde humana que estão associados à inalação do produto, pelo que o Ministério tem estado a promover também a qualificação de aplicadores de fitofármacos.

O responsável da pasta da Agricultura admitiu, também, excepções em situações devidamente comprovadas, caso apareçam focos de infecção que seja necessário controlar, por exemplo, em árvores decorativas.

Capoulas Santos adiantou, ainda, em resposta ao deputado do PAN André Silva, que a Direcção Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV) autorizou a comercialização de um herbicida biológico de uma empresa francesa, que pode constituir uma alternativa ao glifosato, faltando apenas aprovar o rótulo.

Capoulas Santos lembrou, igualmente, que, a nível comunitário, o Governo passou de uma posição favorável ao glifosato para a abstenção, depois de analisar a informação actualmente disponível, que não permite, por enquanto, tomar uma posição clara e inequívoca quanto ao herbicida.

A Comissão Europeia decidiu prolongar a autorização para o uso do glifosato até 31 de Dezembro de 2017, enquanto analisa o assunto com mais detalhe.

LUSA 

 

Por AgroInfo