“As mulheres que têm pressão arterial elevada estão em maior risco de vir a sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), pelo que devem controlar os seus valores com frequência, devem reduzir o sal na alimentação e cumprir o tratamento de forma sustentada”, alerta Maria Teresa Cardoso, Coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

A médica acrescenta ainda:As mulheres são mais afetadas pelo AVC em relação ao homem, particularmente a mulher idosa. Este facto explica-se em parte pelo envelhecimento da população e pela maior esperança de vida do sexo feminino. É fundamental ter consciência desta realidade e implementar estratégias preventivas adequadas”.

A hipertensão é mais frequente e mais elevada na mulher após a menopausa. Outro fator de risco para o AVC é a fibrilhação auricular, uma arritmia muito frequente nos idosos, com predomínio nas mulheres e que está associada a um risco de AVC aumentado em 4 a 5 vezes, também mais elevado para as mulheres.

Para prevenir o AVC a especialista aponta como crucial a correção precoce dos fatores de risco acrescentando: “Nunca é de mais realçar a importância do estilo de vida saudável: atividade física regular, moderação do consumo de álcool (menos de 1 bebida por dia), abstenção do tabaco, dieta rica em frutos e vegetais, grão, baixa em gorduras saturadas e em sal”.

Se sentir, de forma súbita, a boca ao lado, dificuldade em falar ou perda de força no braço e/ou perna, sobretudo num dos lados do corpo, ligue de imediato o 112.

O Acidente Vascular Cerebral é uma doença neurológica provocada pela diminuição súbita do aporte de sangue a uma determinada região do cérebro. Poderá ter como origem o “entupimento” de uma artéria cerebral, ficando impossibilitada a chegada de sangue a essa região do cérebro (AVC isquémico) ou o “rompimento” de uma artéria (AVC hemorrágico). É uma situação de urgência médica e, em Portugal, é a primeira causa de morte.

 

Por LPM Comunicação