Guerra de margens da banca no crédito habitação começou a ganhar força com a subida dos juros. Procura arrefeceu
Com o mercado a meio gás, os bancos voltaram a apostar no crédito habitação, tornando as ofertas mais competitivas para quem quer comprar casa. Em agosto, para atrair clientes novos clientes ou até fidelizar os já existentes, muitos bancos revelam estar já a oferecer spreads abaixo de 0,8%.
 
O Público analisou os principais bancos a operar em Portugal, tendo em conta o volume de crédito a particulares, nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander, BPI, Novo Banco, Montepio, Crédito Agrícola, Bankinter, Banco CTT e Abanca. E concluiu que, em agosto, nos contratos com taxa variável indexada à Euribor, o spread era igual ou inferior a 0,8% em todos os casos, à exceção do Novo Banco (nos 0,9%).
 
Nos últimos meses, de resto, os bancos começaram a oferecer condições mais vantajosas, face aos aumentos nas taxas de juro e consequente agravamento das prestações da casa, que colocaram muitas famílias sob pressão.
 
No Relatório de Acompanhamento dos Mercados de Crédito relativo a 2023, divulgado pelo Banco de Porrtugal (BdP), verifica-se, por exemplo, que o spread médio dos novos contratos de crédito habitação com taxa variável prosseguiu a tendência de descida dos últimos anos, passando de 1,09 pontos percentuais em 2022 para 0,93 em 2023.
 
O mercado está a recuperar, ainda que passo a passo. Nos primeiros seis meses do ano, note-se, as novas operações de crédito totalizaram 10.900 milhões de euros, uma subida de de quase 9% face a igual período do ano passado. Ainda assim, a carteira total de crédito habitação fixou-se em 99.693 milhões de euros no final de junho, um aumento de apenas 0,2% em relação ao ano passado.
 
Artigo visto em (Público)
 
Por: Idealista/news