Primeiro-Ministro anuncia 5 hospitais e esquece o do Algarve

O programa de Governo que foi discutido – um extenso documento com 200 páginas – não contém qualquer referência a respeito do Algarve. Além do mais, o Primeiro- Ministro reafirmou a intenção de lançar 5 hospitais, Lisboa, Évora, Seixal, Sintra e Funchal, ficando o Algarve de fora, não obstante estar definido como a segunda prioridade a nível nacional e ter sido assumido que a área da saúde seria uma prioridade de intervenção pública na região.

Cristóvão Norte, deputado do PSD, na sua interpelação ao Primeiro- Ministro, considerou que “ o Sr.Presidente da República disse, e bem, que o crescimento económico obtido não satisfaz. Em 2015, entre os 28 da União Europeia estávamos em 18.º, agora estamos em 21.º, com apenas 7 países mais pobres que nós. Portugal não está a convergir. O PIB per capita medido por paridades de poder de compra – o que cada um pode comprar com o que ganha, e é isso que realmente interessa – caiu em Portugal em 2018 para níveis de 2013, descendo em relação à média europeia, o que significa maior pobreza relativa. Portugal precisa de valorizar o investimento e a poupança, de dizer aos nossos jovens – que tanto precisamos que fiquem cá, seja pela natalidade, pela segurança social, pela inovação – que vale a pena estudar, investir e que o seu esforço não vai cada vez mais ser consumido pelo Estado.”

Cristóvão Norte não obteve resposta sobre as dúvidas que lançou sobre o aumento de impostos, vista a intenção do Governo de englobar rendimentos prediais e o seu efeito potencial no mercado de arrendamento, e o aumento do investimento público do que foi comprometido com Bruxelas no programa de Estabilidade e Crescimento.

À margem do debate, Cristóvão Norte e os deputados do Algarve Rui Cristina e Ofélia Ramos, assinalaram que “ O Governo começa com o pé esquerdo, e sem pé algum em relação ao Algarve. Com centenas de medidas vagas, nem uma com incidência sobre o Algarve. A saúde degrada-se e não há qualquer iniciativa para tratar este problema crónico.”

 

Por: Cristóvão Norte