O PS, num claro exercício de hipocrisia, votou contra três moções
apresentadas pela CDU na sessão da Assembleia de dia 14 de dezembro, que
exigiam medidas que visavam reforçar direitos constitucionais e inalienáveis
da população; o direito à saúde e o reforço do Serviço Nacional de Saúde, o
direito à mobilidade e ao transporte público.
E por acréscimo melhorariam a vida dos algarvios e assegurariam o desenvolvimento da região.
As moções, que reproduzimos na íntegra, sobre o Hospital Central do Algarve, sobre a eliminação das portagens na Via do Infante, e sobre o investimento em infraestruturas e serviço de transporte ferroviário no Algarve, instavam a Assembleia Municipal de Portimão a tomar posição em defesa destes direitos e a exigir:
- a transferência de verbas de dotação do Ministério das Finanças a favor da Administração Regional de Saúde do Algarve, necessárias à concretização do investimento no novo Hospital do Algarve, num modelo de construção e de gestão integralmente público;
- o fim da cobrança de portagens na A22 como passo para garantir o direito à mobilidade das populações, o combate às desigualdades no território e o desenvolvimento do País;
- e que o Ministério das Finanças assegure a transferência, em 2024, para a IP - Infraestruturas de Portugal, S.A. das verbas necessárias à realização dos investimentos necessários em infraestruturas e serviço de transporte ferroviário no Algarve como modernização e eletrificação; novas ligações ferroviárias; Concordância de Tunes; Ligação em Alta Velocidade- ligação Faro - Huelva - Sevilha sem dependência da ligação Lisboa - Évora - Beja - Faro; Serviço Intercidades - concretização do investimento necessário à disponibilização do serviço Intercidades até Vila Real de Santo António; Reabertura de estações ferroviárias; Manutenção e reparação de material circulante, considerando de forma adequada o investimento nas oficinas da CP na região e outros investimentos diversos.
O PS, no seu choradinho habitual considerou, além de extemporâneas as exigências, que “apesar de atrasos por condicionamentos” a eletrificação da linha férrea, timidamente lá começou. E que o Hospital Central, “bom, vamos lá a ver, vai ser lançado o concurso”, numa PPP obviamente!! E as portagens, “ah isso, estabeleceram umas reduçõezinhas no orçamento”. E também na sua fluente oratória lá preveniu que as exigências do PCP eram “pura ideologia” e que o PCP precisa de “mudar”.
Pois também de “pura ideologia” vive o PS de Portimão. A ideologia do “negócio da doença”, do “Prejuízo do público, para os amigos do privado”, veja-se o caso da PPP ruinosa da Via do Infante; esta, a ideologia do capital em detrimento do interesse público e da população, tira partido, também, na Assembleia Municipal de Portimão, da maioria absoluta do PS, cuja política, é oposta à necessidade de um Serviço Nacional de Saúde de qualidade, de um serviço de transportes de qualidade, que efetivamente cumpram as suas constitucionais missões e obrigações.
Da nossa parte, continuaremos a nossa “ideologia” de defesa dos interesses da população, da região e do País.
Portimão, 21 de dezembro de 2023
A Comissão Concelhia do PCP Portimão