Como se não bastassem todas as anomalias verificadas na abertura do Ano Letivo, os diretores das escolas foram encarregados de comunicarem na passada sexta-feira 3 de outubro, aos professores, colocados ao abrigo da bolsa de contratação de escola (BCE) a anulação imediata dos respetivos contratos.

“Considerando a publicação iminente de novas listas de ordenação, em sede de bolsa de contratação de escola (BCE), solicita-se (…) que se digne notificar todos os candidatos da decisão de anulação da colocação que obtiveram no seu agrupamento de escolas/escola não agrupada, decorrente das listas de ordenação de 12 de setembro de 2014” lê-se na missiva eletrónica assinada por Maria Luísa Oliveira, diretora-geral da Administração Escolar (DGEE), revogando a colocação dos docentes contratados, incluindo os docentes de educação especial.

O PS-Algarve considera que esta situação é um autêntico atentado à estabilidade de vida das pessoas, do trabalho nas escolas e para os alunos e famílias, paralisando os estabelecimentos escolares, dado que os novos professores tem 48 horas para aceitar a respetiva colocação.

Tal situação é reconhecida na comunicação da DGEE, que informa os diretores da necessidade dos docentes “que venham agora a obter nova colocação nesse mesmo estabelecimento de ensino, (…) caso optem por continuar nessa escola, devem aceitar a nova colocação no mais curto espaço de tempo possível, dando assim continuidade às atividades letivas.”

Passadas duas semanas sobre a abertura do ano letivo, reconhecidamente a mais caótica e desorganizada dos últimos anos, o PS-Algarve exorta o Governo a rever a sua postura autoritária e visão centralista das temáticas educativas e a tomar todas as iniciativas necessárias para evitar a repetição dos erros cometidos.

 

Por: PS-Algarve