O PS/Faro justificou hoje o veto na Assembleia Municipal da capital algarvia à proposta de consolidação de contas do executivo com a “falta de rigor e transparência” do documento.

Em causa está, segundo um comunicado dos socialistas, a integração de contas de empresas municipais sem que as mesmas tivessem cumprido todos os processos de apreciação internos, assim como o parecer do Revisor Oficial de Contas, que “repete vários alertas e recomendações efetuadas em 2014 e que continuam sem ser tidos em devida conta”.

O voto contra dos socialistas deixou os social-democratas farenses “perplexos na medida em que há uma posição assumida no executivo municipal e outra antagónica na Assembleia Municipal”, disse à Lusa o presidente do PSD/Faro, Cristóvão Norte.

Na reunião de câmara de 18 de junho, os vereadores do PS viabilizaram, através da abstenção, o mesmo documento que a 29 de junho os deputados municipais socialistas o chumbaram.

Em comunicado, o PSD disse “há, pelo menos, dois PS em Faro: um na câmara e outro na Assembleia Municipal”.

A 29 de junho, a proposta de consolidação de contas da Câmara teve 10 votos favoráveis dos deputados municipais da coligação (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), 12 votos contra dos deputados do PS e nove abstenções dos restantes deputados municipais.

Fonte da Câmara Municipal de Faro disse que as decisões da autarquia são discutidas nas reuniões semanais de forma transparente e franca e que a proposta de consolidação de contas foi discutida com todos os colegas da vereação.

O documento segue agora para o Tribunal de Contas, ainda que sem uma posição sólida da Assembleia Municipal, acrescentou fonte da autarquia.

“Já não é a primeira vez” que votam em sentido contrário na Câmara e na Assembleia Municipal, comentou Cristóvão Norte, vincando que nos últimos seis anos o executivo tem vindo a aperfeiçoar os mecanismos de transparência e rigor e que está disponível para fazer novos aperfeiçoamentos se houver necessidade.

 

Por: Lusa