A garantia foi dada pelo ministro Adalberto Campos Fernandes no âmbito de uma interpelação do deputado socialista Luís Graça, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde.
O deputado algarvio questionou o responsável pela tutela sobre a disponibilidade do Ministério da Saúde avançar com uma avaliação independente e isenta ao funcionamento do CHA e o impacto da sua gestão nos últimos quatro anos.
Luís Graça referiu-se ainda ao recente caso da morte de um doente de Tavira transferido para Coimbra, por inexistência de recursos para o tratamento no Algarve e alegada indisponibilidade do Hospital de S. José, em Lisboa, para questionar o ministro sobre as medidas que estão a ser equacionadas para atrair mais médicos para o Algarve e sobre a forma como o atual modelo de referenciação tem respondido às solicitações das zonas mais periféricas do país.
Adalberto Campos Fernandes admitiu que o Algarve é um problema na resposta do Serviço Nacional de Saúde e apontou a necessidade de serem identificadas as incidências que têm feito do Algarve uma região tão difícil de gerir, assumindo a região como alvo prioritário da ação do seu ministério.
O Ministro da Saúde anunciou parcerias estratégicas com as áreas da economia e da ciência de forma a promover “coligações virtuosas” na criação de valor em áreas como a investigação científica e biomédica, admitindo a criação de um Centro Académico de Medicina no Algarve, a exemplo do que existe no Hospital de Santa Maria, em Lisboa e a adoção de medidas de diferenciação positiva, nomeadamente na progressão nas carreiras, para a atração e fixação de médicos na região.
O deputado socialista considera que as medidas anunciadas pelo Ministro da Saúde são decisivas para a recuperação do Serviço Nacional de Saúde na região depois de quatro anos de destruição da oferta pública.
Por PS Grupo Parlamentar