Partido Socialista tem de assumir perante o Algarve uma posição concreta

O PSD desafiou o PS a assumir perante o Algarve uma posição concreta sobre a cobrança de portagens na Via do Infante. Num debate que teve lugar na Assembleia da República no seguimento de um projeto de resolução, sem carácter vinculativo, de suspensão da cobrança de portagens, apresentada pelo PCP e pelo BE, o PSD referiu ainda que é necessário a curto prazo fazer uma reavaliação dos valores cobrados por quilómetro e ainda uma reformulação do método de cobrança realizado na fronteira com Espanha situada na Ponte Internacional do Guadiana. O sistema como foi concebido não responde nem serve o Algarve e os deputados do PSD já solicitaram a sua alteração as Estradas de Portugal.

Os dados que hoje possuímos permitem-nos verificar que no último ano foi registado um aumento de 19% de trafego na Via do Infante e de 38% das receitas. Estes valores devem levar o Governo a equacionar uma reformulação no valor cobrado por quilómetro na Via do Infante. Entendemos que se o preço baixar substancialmente teremos maior utilização da infra-estrutura, benefício para os utentes com ganhos de mobilidade também na EN 125, a salvaguarda da receita para as Estradas de Portugal para fazer face aos compromissos dos custos com a parceria público-privada que abarca indevidamente toda a extensão da Via do Infante, mais economia e maior mobilidade. Todos ficam a ganhar com a revisão da taxa que queremos que se venha a verificar, não sendo possível, perante as circunstâncias financeiras do Estado, a suspensão do pagamento.

Por outro lado, não é comportável manter o método de cobrança atualmente utilizado na fronteira com Espanha por se ter comprovado que, em momentos de grande afluência, este demonstra ser pouco eficaz, provocando inúmeros constrangimentos a quem nos visita.

No debate que teve lugar na Assembleia da Republica o PSD confrontou o PS com as posições ambíguas que tem assumido, responsabilizando o mesmo pelo estado de pré-bancarrota a que o nosso País chegou em 2011 e que motivou a necessidade de introdução de portagens na Via do Infante, decisão tomada pelo anterior Governo. O PS tem de assumir de forma clara a sua posição e não pode mais se refugiar em ambiguidades. 

Foi ainda a debate a EN 125 e o ruinoso negócio que foi a concessão desta estrada a um privado. O PSD mostrou-se frontalmente contra este tipo de “venda” de uma estrada pública tendo referido que graças a intensas renegociações foi possível defender o interesse público e concluir obras fundamentais para o Algarve, como é o caso da Variante Norte de Faro,  das circulares de Lagos e de São Lourenço/Troto (Concelho de Loulé) e promovendo poupanças no valor de mais de 160 milhões de euros que assim já não serão necessários pedir aos contribuintes

 

Por: Deputados do PSD eleitos pela região do Algarve