PS da Assembleia Municipal - 1 , PS da Câmara - 0

Num número em que poucos acreditariam, o PS/Faro da Assembleia Municipal quis fazer uma prova de vida, chumbando a proposta de consolidação de contas 2014 apresentada pelo executivo municipal, o que frustra os intentos da Câmara de mostrar com transparência aos cidadãos a realidade das contas do Município, com todos os ativos e passivos que resultam da sua participação em todas as empresas do universo municipal.

O gesto é de todo incompreensível e motiva-nos três comentários:

Em primeiro lugar manifestar estranheza, porque o PS/Faro havia viabilizado a consolidação em reunião de câmara do passado dia 18. Ao chocar de frente com a posição dos vereadores do PS, a bancada municipal socialista demonstra que há, pelo menos, 2 PSs em Faro: um na Câmara e outro na Assembleia Municipal. Evidentemente, nada temos com a vida interna dos outros partidos. O problema é que quando as querelas internas se repercutem na sua ação política, geralmente são os munícipes quem mais perde.

Em segundo lugar, devemos repudiar este gesto irrefletido que vem de um partido que nunca apresentou qualquer consolidação de contas no Município de Faro; um partido que em todos os anos em que esteve no poder em Faro, fica essencialmente na memória de todos os farenses pela gestão financeira catastrófica que nos levou à beira da bancarrota e a subscrever um duro plano de reequilíbrio financeiro em 2010 e que ainda não tem fim à vista. Portanto, ao olhar para este comportamento, ganha sentido a expressão popular “bem prega Frei Tomás. Faz o que ele diz, não faças o que ele faz”.

Finalmente, para mostrar actividade política, pensamos que o PS/Faro podia fazer bem melhor. Designadamente através de uma postura confiável na discussão dos assuntos, com responsabilidade e sentido de compromisso, como é próprio e desejado em democracia e corresponde ao que certamente o seu eleitorado espera de si.

 

 

A Comissão Política de Secção do PSD Faro

Faro, 30 de Junho de 2015