Trata-se de um orçamento de rigor, que consolida o caminho trilhado até agora, de arrumação das contas municipais e pagamento escrupuloso dos nossos compromissos, assumindo, pela primeira vez em muitos anos uma vertente de investimento na melhoria das condições de vida dos munícipes – sobretudo no que respeita a infraestruturas e rede viária.
O PSD/Faro destaca ainda a criação de um programa de bolsas de estudo, e a grande aposta na Educação, procurando proporcionar aos nossos jovens melhores condições em termos de instalações, mobiliário, mais ação social escolar com o apoio em refeições, pequeno-almoço e manuais escolares.
Porque acreditamos num concelho mais ativo em termos associativos, congratulamo-nos igualmente com o apoio a conceder às associações de cerca de 300 mil euros – isto contempla o apoio social aos que verdadeiramente necessitam, bem característico da matriz ideológica do nosso partido.
Saudamos ainda a prioridade dada às áreas da regeneração urbana, à atracão de investimento privado, à cultura e ao desenvolvimento do turismo, permitindo que a economia do concelho fique mais forte e sadia, com mais prosperidade e emprego para todos.
Não deixa no entanto de se estranhar o episódio protagonizado pelos vereadores do Partido Socialista, que fizeram aprovar uma outra proposta que vem alterar os pressupostos do orçamento apresentado pelo Presidente Rogério Bacalhau. Com esta proposta, a folga orçamental de cerca de 800 mil euros que se conseguiu à custa do esforço dos munícipes farenses, das empresas e do conjunto dos funcionários municipais, deixa de ser aplicada na melhoria do funcionamento da autarquia, conforme se propunha, indo diretamente para amortização do PAEL.
Dadas as boas condições de financiamento alcançadas com a adesão ao Plano, esta não é uma medida de boa gestão resumindo-se ao sacrifício de liquidez apenas para mascarar a dimensão do desastre da gestão financeira dos socialistas em Faro e que nos obrigou, em 2010, a aprovar um Plano de Reequilíbrio Financeiro e, em 2013, a aceder ao PAEL negociado, e bem!, pelo Executivo do Presidente Rogério Bacalhau.
Esta proposta, para além de danosa dos bons interesses do município, contrasta com a postura assumida pelos responsáveis eleitos pelo PS que sempre preferiram empurrar com a barriga os problemas financeiros criados em Faro, em grande medida em despesa não reprodutiva. Felizmente, estão já longe os dias negros em que o Município pagava a mais de 300 dias – agora, o prazo médio de pagamento é de 71 dias, com tendência a baixar.
De recordar que estes socialistas são quase os mesmos que deixaram 3,5 milhões de euros em faturas irregulares e que em dois anos (2007 e 2008) duplicaram a dívida de curto prazo, superando em mais de 10 milhões os limites legais. São enfim, os mesmos que, perante as evidências, insistem no exercício da demagogia e da sabotagem política como únicos argumentos. E quanto a isso, nada mudou.
Em conclusão, e apesar das alterações introduzidas, o orçamento para 2016 não deixa de representar uma nova esperança na revitalização económica que indubitavelmente se encontra em marcha no nosso concelho.
A Comissão Política de Secção do PSD Faro
Faro, 23 de Novembro de 2015