Pela voz dos vereadores do PSD Loulé Rui Cristina e João Paulo Sousa foi apresentado ao executivo municipal da autarquia de Loulé uma proposta para que sejam prestadas contas aos munícipes dos atrasos das obras relativas ao fornecimento de água e redes de esgotos,

com incidência no presente mandato, explicitando claramente porque não avançam investimentos que têm cobertura financeira no orçamento municipal.

Na sua proposta, os vereadores elencam as obras inscritas no programa eleitoral do Partido Socialista, designadamente as novas redes de abastecimento de água e esgotos ao longo da EN125 entre Maritenda, Benfarras, Conseguinte e as Quatro Estradas e a remodelação das redes de abastecimento de água de São Faustino, Alfontes, Vale de Silves, Tenoca, Campina, Ribeiro, Cerca da Areia e áreas limítrofes.

Para Rui Cristina “a presente iniciativa do PSD está em linha com a sua posição de sempre ter defendido a questão de abastecimento de água e construção de rede de esgotos em todo o nosso concelho. Estamos em pleno seculo XXI, e é inadmissível que se prolongue para muitas das localidades a situação de não terem acesso a estes equipamentos essenciais”.

No documento, os vereadores do PSD referem ainda estarem por cumprir promessas anteriores, como a rede de fornecimento de água na zona da Ladeira, Parreira e Alfontes, onde as populações são abastecidas por um furo.

“O tempo está a passar e, com a seca que tem fustigado a nossa região e tem agravado as alterações climáticas, os furos estão a secar. Em 2022 os furos já secaram em julho e agosto. Os munícipes correm o risco de dependerem de entregas de água, desconhecendo-se quem vai fazer a entrega, em que moldes e quando. Como é possível o executivo camarário não promover as obras necessárias, já prometidas há 2 mandatos?”, questiona também Rui Cristina.

Na sua proposta Rui Cristina e João Paulo Sousa afirmam existirem no concelho de Loulé outras localidades sem água e esgotos, considerando ser imprescindível a realização desta infraestrutura em Pereiras de Almancil e referem ainda a inexplicável situação das populações em Vale da Venda, impedidas de fazer a ligação às condutas de esgotos existentes.

Exigem também que o Departamento de Obras e Gestão de Infraestruturas Municipais venha esclarecer como é possível abrir um concurso público para execução da empreitada de “redes de abastecimento de água e drenagem de águas residuais domésticas das localidades de Sobradinho, Alfeição e Lagoa de Momprolé”, com erros e omissões do caderno de encargos, apenas detetados pelas empresas concorrentes, mas cuja dimensão obriga à prorrogação do prazo do concurso.

“Esta situação de carência decorre no concelho mais rico do Algarve, com as populações sem as mínimas condições necessárias à vida quotidiana, e num período em que a Câmara Municipal tem um orçamento saudável e contas equilibradas, com o Balancete de 2 de outubro de 2023 a registar um saldo positivo no montante de 87.220.036,21€”, alerta ainda Rui Cristina.

Neste contexto, Rui Cristina e João Paulo Sousa pretendem que o executivo municipal “explique por escrito e de forma detalhada, num relatório a entregar em Reunião de Câmara, as razões para este atraso nas obras, em particular as que foram inscritas nos programas eleitorais do Partido Socialista como promessas”.

No documento, instam a que o “Sr. Presidente de Câmara, no sentido de prestar contas aos munícipes, apresente um calendário realista quanto à execução e conclusão das obras relativas ao fornecimento de água e redes de esgotos, com incidência no presente mandato, explicitando claramente porque não avançam investimentos que têm cobertura financeira no orçamento municipal”.

A proposta foi apresentada na reunião do executivo camarário de 2 de outubro de 2023 e foi aprovada por unanimidade.

Aguardamos que as obras avancem com celeridade e que rapidamente se leve água e esgotos a todo o Concelho.

 

O Gabinete de Comunicação do PSD/Loulé