Tal expunha a falta de atenção do poder central perante uma região de charneira para a economia do País (recordamos os excelentes resultados que o turismo no Algarve sempre deu a Portugal). Não nos parece que o desvio de fundos para a cintura de Lisboa (Seixal, que foi contemplado com a construção de mais um Hospital) seja resultado de uma política de coesão territorial e, sobretudo, de capacitação de meios para uma região fundamental para a nossa economia.
O resultado de tal votação foi uma surpreendente aprovação de tal moção, apenas com os votos a favor dos membros que a apresentaram (PPD/PSD) e a abstenção de todos os outros membros.
Que o PS se tivesse abstido era mais do que expectável (sempre é o mesmo partido do Governo) mas que a CDU (PCP), partido que sustenta a ação governativa em Silves, se tivesse abstido é, no mínimo, perturbante.
Depois dos cordões humanos que se fizeram em São Bartolomeu de Messines, dos apelos à população para que todos fossem ao Centro de Saúde de Silves ou ao Hospital de Portimão, reclamando melhores condições de saúde para o concelho e para o Algarve, tudo promovido pela presidente da Câmara (Rosa Palma) e pelo partido que a sustenta (CDU) era de esperar, pelo menos, uma posição de coerência.
Nada disso aconteceu, caindo as máscaras da suposta defesa das populações do concelho. Foi tudo um exercício da mais pura demagogia. Afinal nunca houve interesse na defesa do concelho, mas no ataque ao então governo do PSD/CDS. A população foi instrumentalizada para objetivos partidários esconsos e rasteiros. Afinal a CDU não podia ir contra aquilo que o governo que sustenta a apoia faz. Perdem os Silvenses e perdem os algarvios mas revelam-se os verdadeiros motivos da Presidente da Câmara: o exercício de interesses partidários!
Por PSD Silves