Os rastreios foram realizados pelo dermatologista Dr. João Patrocínio e pela médica dentista Dr.ª Ana Louraço. O Grupo de Apoio de faro da LPCC fez-se representar por Esperança Pereira (Educadora Social), Isabel Sousa (Técnica de Apoio Psicossocial) e pel@s voluntári@s Fátima Pimentel, Jaime Pimentel e Jorge Carvalho. Tipos de Cancro da Pele Não-Melanoma Os cancros de pele são designados de acordo com o tipo de células que se tornam cancerígenas. Os dois tipos de cancro de pele não-melanoma mais comuns são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular ou pavimentoso ou epidermoide. Este tipo de carcinomas tende a aparecer na cabeça, na face, no pescoço, nas mãos e nos braços, as áreas mais expostas ao sol. Porém, o cancro de pele pode surgir em qualquer parte do corpo.
O carcinoma basocelular ou basalioma cresce lentamente. Aparece com frequência em áreas da pele que estiveram expostas ao sol, sendo mais comum na face. O carcinoma basocelular raramente se espalha para outras partes do organismo.
O carcinoma pavimentoso ou espinocelular também se desenvolve em áreas da pele que estiveram expostas ao sol. Pode, no entanto, aparecer em locais não expostos ao sol. O carcinoma espinocelular pode atingir os gânglios linfáticos e alguns órgãos. Se o cancro de pele se disseminar do seu local de origem para outra parte do organismo, a nova neoplasia tem o mesmo tipo de células anormais, sendo designada por metástase do carcinoma da pele que lhe deu origem.
O Cancro da Boca O cancro oral – que se apresenta habitualmente como uma lesão oral ulcerada única, instalada sobre base mucosa endurecida – mantém-se como uma doença com altas taxas de incidência e um grande número de novos casos por ano. Além disso, a sobrevida do cancro oral não melhorou significativamente, mesmo tendo presente a indiscutível melhoria dos métodos terapêuticos disponíveis.
O problema reside em que continuam a verificar-se muito elevadas taxas de diagnóstico em fases muito avançadas da doença, dificultando ou impossibilitando a sua cura. Os factores de risco mais relevantes são o tabaco, o álcool e as situações de “pré-cancro oral” (eritroplasia, leucoplasia, líquen plano, etc.).
Destes, o tabaco e o álcool são os que se revelam mais preocupantes, estando provado um aumento muito significativo do risco quando se associam um ao outro, na mesma pessoa. Não obstante a localização oral ser muito facilmente acessível ao exame, os factores de risco estarem identificados e serem facilmente identificáveis, a fase sintomática ser claramente detetável e existirem eficientes modalidades de rastreio – paradoxalmente a luta contra o cancro oral parece registar pouco êxito; ou seja, é razoável admitir que a prevenção e o diagnóstico precoce devessem ser mais eficazes. Assim, a luta contra o cancro oral passa por diminuir os consumos de tabaco e de álcool e por frequentar consultas regulares de Saúde Oral (nas quais se possam reconhecer e tratar lesões de pré-cancro e detetar precocemente lesões de cancro) – e pelo aumento da divulgação na comunicação social de informação sobre esta gravíssima doença mortal (facilmente tratável se diagnosticada em fase precoce!). Estas e outras informações podem ser consultadas no site da LPCC.
Jorge Matos Dias