O Auditório do Centro Autárquico de Quarteira acolheu no dia 7 de novembro a sessão informativa «Cancro colorretal, a importância do rastreio», dinamizada pela Dra. Mafalda Pereira, médica especialista de Medicina Geral e Familiar e pela Dra. Jéssica Nunes, médica interna de Medicina Geral e Familiar.

Cancro colorretal é o desenvolvimento de cancro no cólon ou no reto, dois segmentos do intestino grosso. A doença tem origem no crescimento anormal de células com a capacidade de invadir ou de se espalhar para outras partes do corpo. Os sinais e sintomas podem incluir sangue nas fezes, alterações nos movimentos intestinais, perda de peso e sensação constante de fadiga.

As médicas da ULS de Quarteira sensibilizaram os presentes para a importância do rastreio, fundamental na prevenção desta patologia oncológica, cuja prevalência tem vindo a aumentar em Portugal, incluindo em idades mais jovens. É possível fazer uma deteção precoce deste cancro, estando disponíveis exames que, além de um diagnóstico rigoroso, permitem remover os tais pólipos ou lesões, inicialmente benignos, que mais tarde poderiam originar o tumor maligno.

 

Sintomas comuns

Nos estágios iniciais, o cancro colorretal pode não causar sintomas mas, quando aparecem, podem incluir:

Sangue nas fezes ou sangramento retal

Mudança persistente no hábito intestinal (diarreia, prisão de ventre, fezes finas)

Dor abdominal, cólicas ou sensação de evacuação incompleta

Perda de peso sem explicação

Fadiga e fraqueza

Anemia (por perda crónica de sangue nas fezes)

Fatores de risco

Idade acima de 50 anos

História familiar de cancro colorretal ou pólipos

Dieta rica em carnes vermelhas e processadas

Baixo consumo de fibras, frutas e vegetais

Sedentarismo

Tabagismo e consumo excessivo de álcool

Doenças intestinais crônicas (como colite ulcerosa ou doença de Crohn)

Diagnóstico e rastreio

 

O diagnóstico é feito por colonoscopia, que permite visualizar o interior do cólon e remover pólipos suspeitos.

Outros exames incluem testes de sangue oculto nas fezes, TC abdominal e biópsia.

 

O rastreio regular (geralmente a partir dos 50 anos, ou antes em pessoas de risco) é fundamental para detetar e prevenir o cancro colorretal.

 

Tratamento

Depende do estágio da doença e pode incluir:

Cirurgia (para remover o tumor)

Quimioterapia

Radioterapia

Terapias-alvo e imunoterapia (em casos avançados)

Uma iniciativa inserida no programa Quarteira Longevidade com Qualidade, da Junta de Freguesia de Quarteira.

 

Jorge Matos Dias