Depois de não se ter podido realizar o ano passado devido à chuva, a recriação da Paixão de Cristo, levada a cabo de dois em dois anos pela Comissão de Festas da paróquia de Pêra e pelo Centro Paroquial local, regressa este ano àquela vila.
A iniciativa, levada a cabo de dois em dois anos pela Comissão de Festas da paróquia de Pêra e pelo Centro Paroquial local, estava prevista ser retomada em 2024 depois de não mais se ter realizado desde 2018 por causa da pandemia de Covid-19, mas as condições climatéricas não o permitiram.
Este ano, a organização pretende retomar a iniciativa que se assume como a maior do género a sul do Tejo e uma das maiores no país, contando com uma produção cada vez mais elaborada e atraindo milhares de pessoas no Domingo de Ramos (incluindo muitos estrangeiros) que não querem perder um acontecimento que marca também bianualmente a celebração da Semana Santa no Algarve.
Este ano, a Paixão de Cristo em Pêra, que, em cada uma das edições anteriores, foi presenciada por cerca de 2.500 pessoas que encheram as ruas da vila, decorrerá no dia 13 de abril, pelas 21h.
A iniciativa tem início no Largo 25 de Abril, próximo da igreja de São Francisco, com a recriação da Última Ceia com os discípulos. A dramatização dos últimos momentos da vida terrena de Jesus continua no cenário do Monte das Oliveiras, com o interrogatório do sumo-sacerdote Caifás, com o “julgamento” por Pilatos no pretório e com a flagelação executada pelos soldados, com o encontro com a sua mãe, até à crucificação e à ressurreição, o acontecimento maior da fé cristã.
A Paixão de Cristo, que decorre desde 2005 durante cerca de duas horas e ao longo de pouco mais de um quilómetro, voltará este ano a contar com a colaboração de 150 voluntários, entre eles personagens, figurantes, assistentes e leitores. O evento conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Silves e da União das Freguesias de Alcantarilha e Pêra, com o patrocínio oficial do Crédito Agrícola.
Pese embora esta Via-Sacra seja um evento sem fins lucrativos, a organização apela ao contributo dos visitantes que o queiram e possam fazer como forma de minimizar as despesas.
Folha do Domingo
