A Rede 8 de Março convocou uma greve feminista nacional para o Dia Internacional da Mulher, no domingo,

em protesto contra as desigualdades, discriminação e violência e para exigir mudanças, anunciou hoje a organização.
A Rede 8 de Março é uma plataforma nacional que reúne coletivos, associações, organizações políticas, sindicatos e pessoas a nível individual e este é o segundo ano em que convocam uma greve feminista.

No ano passado, segundo a plataforma, participaram na manifestação 30 mil pessoas.
A Greve Feminista vai decorrer no domingo para assinalar o Dia Internacional da Mulher nas cidades de Amarante, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa, Porto,
Viseu e Vila Real e Ponta Delgada.

A greve visa «lutar contra a discriminação, violência e desigualdade que persiste nas ruas, nas escolas, nos locais de trabalho, na justiça e na proteção
das vítimas de violência de género.

Portanto, a nossa luta é para exigir mudanças!», afirmam os organizadores.
A Rede 8 de Março justifica a greve salientando que em Portugal “a violência machista mata, em média”, duas mulheres a cada mês.

A organização chama também a atenção que as mulheres representarem 80% dos casos de violência doméstica e são vítimas de 90,7% de crimes sexuais.
«A nossa convocação vai além de uma greve tradicional – ou seja laboral -, as nossas reivindicações estendem-se ao âmbito da reprodução social, à esfera dos
cuidados domésticos e familiares, à vida estudantil e à sociedade de consumo», sublinha a organização.

A plataforma destaca também que o que se pretende é unir as mulheres de todas as partes do mundo construindo redes de solidariedade, de apoio e de aprendizagem transnacionais para combater as desigualdades.

Para domingo, já apresentaram pré-aviso de greve o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social, do Sindicato de Trabalhadores de
Call Center e o Sindicato das Indústrias, Energia e Águas de Portugal.

A plataforma tem também o apoio do Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P) e do Sindicato dos Professores do Norte.

Por: Lusa