O presidente do Conselho Europeu defendeu esta quarta-feira (dia 22 de outubro de 2025) que é necessário resolver o problema da habitação transversal à União Europeia (UE), sob pena de "diminuir a confiança nas instituições" democráticas e de a competitividade sofrer as consequências deste flagelo.
Apesar do "panorama geopolítico desafiante", António Costa considerou que é "essencial também pensar nas preocupações diárias dos cidadãos" da UE.
Em conferência de imprensa conjunta com os presidentes do Comité Europeu das Regiões e do Conselho Económico e Social Europeu, em Bruxelas (Bélgica), António Costa acrescentou que deixar por resolver este problema vai levar a "consequências negativas", afetando a competitividade e a confiança nas instituições.
Por isso, o problema no acesso à habitação, pela subida dos preços para arrendar ou comprar acima das capacidades das famílias, vai ser pela primeira vez discutido em reunião do Conselho Europeu, na quinta-feira (dia 23 de outubro de 2025).
E para "causas diversas", o presidente do Conselho Europeu prometeu "soluções diversas".
Ainda que a habitação seja uma competência de cada país do bloco comunitário europeu, António Costa considerou que é possível resolver o problema com uma abordagem ao nível da UE, apontando para o plano que a Comissão Europeia está a desenvolver.
"Apesar de ser uma questão de jurisdição nacional, é crucial que, como líderes europeus, consigamos discutir como é que podemos complementar esforços", sustentou.
Questionado sobre que papel em concreto é que a União Europeia, como bloco comunitário, pode intervir, António Costa disse que a "primeira contribuição vai ser dar mais margem de manobra para que autoridades nacionais" possam resolver este problema olhando para as realidades concretas, recorrendo, por exemplo, a fundos europeus.
Se houver países a querer investir no "arrendamento de curta duração é preciso dar-lhes ferramentas para facilitar isso", defendeu.
Lusa
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