Presentes estiveram a diretora regional de Cultura, Adriana Nogueira, a vice-presidente do Município de Castro Marim, Filomena Sintra, o escritor Diego Mesa, o presidente da direção da Associação 1/4 Escuro e Conceição Pires, professora de português e amante da obra de Saramago.
Na sua obra, Diego Mesa revisitou a rota de Saramago no Algarve, retirada da "Viagem a Portugal" do Nobel da Literatura, dando conta das semelhanças e diferenças que mais de quatro décadas necessariamente implicaram. Em Castro Marim, Saramago “deixou dívida aberta”, referindo “o formoso arcanjo Gabriel da igreja matriz”, tendo subido ao castelo, “atraído pela rara cor vermelha das pedras”, e finalizado com “meia volta ao Castelo Velho”. Conceição Pires sublinhou precisamente essa predileção de Saramago pelo monumento artístico. Inseparável e transversal à obra de Saramago é também a essência humana, que perscruta com o mesmo olhar curioso de um viajante.
Já Diego Mesa teve a oportunidade de não deixar dívidas pendentes e trouxe um olhar mais demorado a Castro Marim e à região, que deu origem à exploração e aprofundamento do da Rota Literária de Saramago no Algarve, com os percursos, os lugares vistos, sentidos e comentados pelo Nobel, bem como por aqueles que este não pode ter conhecido ou visitado.
Com esta iniciativa, a Direção Regional de Cultura do Algarve assinala o Centenário de José Saramago e promove a região como destino literário.