Cada vez está mais na moda o uso de alimentos funcionais, isto é, que possuem propriedades capazes de beneficiar a nossa saúde.
A canela é um alimento aromático extraordinário, serve para aromatizar fruta, doces, chá, café, iogurtes, leite; tem a capacidade de nos acelerar o metabolismo e ainda nos reduz o apetite por doces pois regula-nos o açúcar no sangue, é antioxidante, anticoagulante, anti-inflamatório, anti-flatulento, etc. Mas não devemos consumi-la em excesso.
Só existe um tipo de canela verdadeira que é a canela do Ceilão, proveniente do Sri-Lanka (Cinnamomum verum). Não é tão fácil de encontrar no supermercado e, quando encontrada é mais cara que as outras espécies. No entanto é esta espécie que possui potencial salutogénico.
É comum encontrarmos outros tipos de canela à venda como a Cássia (Cinnamomum cassia, Cinnamomum aromaticum), que nos faz confundir com a canela verdadeira. Esta é proveniente da China, é mais intensa e picante, mas menos perfumada do que a canela verdadeira.
Ambas pertencem à família do louro e ao género Cinnamomum, contudo, o teor em cumarina varia entre a canela do Ceilão e Cássia; a cumarina é responsável pelas propriedades anticoagulantes e por isso quando existe um consumo excessivo, poderá ocasionar riscos para a saúde. O consumo excessivo de canela Cássia deve ser evitado pois esta espécie possui maior conteúdo em cumarina.
Para identificar as canelas, basta observar: no rótulo da canela em pó, de onde esta provém e, na canela em pau, o número de lascas, sendo a Cássia a apresentar apenas uma e a canela do Ceilão a apresentar um pau com várias lascas finas sobrepostas umas nas outras.
Não se preocupe se o seu consumo for simplesmente o de aromatizar alimentos, agora se consumir mais de 5g de canela “falsa” (Cássia), poderá irritar o estômago, aumentar a frequência cardíaca, provocar contrações uterinas e prejudicar a coagulação sanguínea (principalmente quem já toma fármacos anticoagulantes).