Abel Matinhos, André Correia e Josiana Forte, três dos cinco membros eleitos para o Secretariado da JS Loulé, apresentaram hoje a sua demissão do órgão executivo da concelhia dos jovens socialistas louletanos.

Na base deste pedido de demissão está uma forte discordância com o Coordenador Concelhio, Hélder Semedo, relativamente à condução política da Concelhia. Os três membros demissionários consideram que muitas das posições tomadas pela concelhia representam apenas a opinião e vontade do coordenador e não a da maioria dos militantes, sendo que muitas delas refletem questões sensíveis e de elevado interesse para os jovens do concelho, pelo que merceriam um profundo debate pela importância que possuem. 

Os membros demissionários consideram também que ao longo deste ano, as posições de afrontação tomadas pelo coordenador concelhio contra militantes da própria estrutura para resolução de divergências internas demonstram inequívocamente a incapacidade a falta de condições políticas da parte do coordenador da concelhia para assumir com elevação as funções de elevada responsabilidade que assume.

Exemplos disso, são a forma como o cordenador concelhio Hélder Semedo tem criticado várias vezes outras estruturas da juventude socialista e  colocado processos internos e externos a militantes da sua própria estrutura, o que demonstra uma enorme incapacidade de defender e representar com dignidade e elevação a juventude socialista, as suas estruturas e os seus militantes.

Os membros demissionários criticam ainda a postura autista que foi assumida quando, no início do mês de Dezembro, um conjunto de militantes requisitou a marcação de uma asembleia de militantes para discução dos problemas internos da JS Loulé, tendo a mesma sido recusado por vontade do coordenador concelhio.

Finalmente, a visão do Coordenador Concelhio sobre a estrutura da JS Loulé é francamente irrealista. A referência recorrente à mesma enquanto a maior estrutura da JS no Algarve, tanto em militantes como em iniciativas desenvolvidas, está francamente longe da realidade. A JS Loulé é apenas a quinta maior em número de militantes e conta com menos de uma dezena de militantes activos, sendo que não se verifica um grande envolvimente de jovens nas iniciativas da JS Loulé, nem este se traduz na renovação e no aumento dos número de militância que é necessária para a vitalidade da estrutura.

Este pedido de demissão da maioria dos membros do secretariado com direito a voto retira, ao abrigo dos estatutos da JS, os poderes ao Secretariado Concelhio, pelo que caberá ao Presidente da assembleia de militantes a convocação de eleições para os órgãos da concelhia.

Devido a todas estas preocupação, os membros demissionários esperam que esta decisão provoque um profundo debate na Juventude Socialista de Loulé e que devolva aos militantes a palavra para o projecto político que pretendem para o futuro. Acreditam que é possível construir um projecto político mais maduro, mais responsável, envolvendo todos os militantes e todas as opiniões, em sintonia com as estruturas da Juventude Socialista, do Partido Socialista e focado na defesa de todos os louletanos, em particular os mais jovens.

 

Por Abel Matinhos | André Correia | Josiana Forte