O embate frontal entre dois automóveis ligeiros provocou a morte imediata de todos os ocupantes: cinco pessoas que seguiam numa das viaturas e o condutor do outro veículo.
O alerta foi dado às 02h06 e mobilizou rapidamente bombeiros, elementos da Proteção Civil e GNR, num total de 34 operacionais apoiados por 16 viaturas. De acordo com as autoridades, um dos automóveis incendiou-se após a colisão, gerando ainda um foco de incêndio na vegetação próxima, que foi controlado no local.
A gravidade do sinistro obrigou ao corte total do IP2 nos dois sentidos, sem previsão imediata para a reposição da circulação. A GNR esteve a proceder às investigações para apurar as circunstâncias que levaram ao acidente, que ocorreu numa via habitualmente utilizada como ligação entre o Alentejo e o Algarve.
O caso choca a comunidade local e reaviva as preocupações com a sinistralidade na região, conhecida por registar vários acidentes graves ao longo do IP2.
Família de Mourão e jovem polaca residentes em Inglaterra entre as vítimas mortais no IP2
Uma família de Mourão residente em Inglaterra, com quatro elementos, assim como a companheira de um dos filhos, são as vítimas mortais da viatura que ardeu na colisão de hoje no IP2, em Castro Verde.
Fonte do Comando Territorial de Beja da GNR indicou à agência Lusa que os cinco ocupantes desse veículo incluíam três homens, dois de 20 e um de 55 anos, assim como duas mulheres, de 19 e 51 anos.
“Todos residiam em Inglaterra e quatro deles eram familiares, enquanto a jovem de 19 anos era de nacionalidade polaca, e seguiam de carro para Mourão” no distrito de Évora, relatou a mesma fonte da Guarda.
Um homem, de 26 anos, de Almodôvar, também morreu neste acidente e era o único ocupante do outro veículo envolvido na colisão frontal entre duas viaturas ligeiras de passageiros ocorrida na madrugada de hoje no Itinerário Principal 2 (IP2), perto de Castro Verde, no distrito de Beja.
Na sua página na rede social Facebook, a câmara de Mourão, no distrito de Évora manifestou pesar pela morte de quatro filhos da terra e decretou dois dias de luto municipal, a cumprir no domingo e na segunda-feira.
Fonte do município revelou à Lusa que a família que morreu era constituída pelo marido, o homem de 55 anos, a mulher, de 51, e os dois filhos gémeos, de 20 anos, sendo a rapariga polaca de 19 anos companheira de um dos jovens.
“O município, em articulação com a família e forças da autoridade, designadamente o posto local da GNR de Castro Verde, tomou conhecimento oficial da identificação da matrícula da viatura em que seguiam, confirmando-se a identidade dos passageiros”, na tarde de hoje, pode ler-se na publicação na rede social.
Segundo a autarquia, quatro dos ocupantes tinham “naturalidade mouranense” e a jovem estrangeira “relação de afinidade à família”.
“Residentes em Inglaterra, seguiam de Faro para Mourão, para as habituais e merecidas férias”.
Apresentando as condolências às famílias e amigos das vítimas mortais, a Câmara de Mourão informou ainda que “todas as atividades e eventos promovidos pelo município se encontram cancelados durante todo o fim de semana”.
A colisão frontal com seis mortos envolveu duas viaturas ligeiras de passageiros e aconteceu ao quilómetro 387,500 do IP2, na zona da vila de Castro Verde, tendo o alerta sido dado às autoridades às 02:06 de hoje, disse à Lusa fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo.
O sinistro levou à interdição do trânsito no IP2, durante várias horas, com a circulação rodoviária a ser retomada só ao início desta manhã, às 07:10, indicaram fontes do comando sub-regional e da GNR.
Os corpos das seis vítimas mortais foram levados para os serviços de medicina legal do hospital de Beja.
De manhã, fonte da GNR disse que os corpos das cinco vítimas que seguiam no veículo que ardeu ficaram carbonizados, tendo divulgado logo que a outra vítima mortal era um homem, de 26 anos.
Para o local do sinistro foram mobilizados 36 operacionais, apoiados por 16 viaturas, incluindo meios dos bombeiros, GNR, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) – com viatura médica de emergência e reanimação e ambulância de suporte imediato de vida – e da empresa Estradas da Planície, concessionária da via.
Lusa