O CNRLI - Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico de Silves já viu nascer 136 crias de lince ibérico, entre a década de 2010-2020, das quais 86 já se encontram em liberdade.
Volvidos cerca de três anos após o incêndo que teve origem na serra de Monchique, o centro já conseguiu dar a volta por cima e até melhorou o espaço. O site Wilder revelou em reportagem que o CNRLI tem dois novos cercados de treino, três cercados de recuperação e um módulo clínico autónomo. A par destes melhoramentos, continua o trabalho de reprodução, que visa aumentar as populações selvagens da espécie. 
 
Esta primavera, o CNRLI viu a Jabaluna e a Juromenha ter três crias e a Fresa alegrou o espaço com duas novas crias. Os machos viveram de vários locais, para conseguir uma maior diversidade genética.  Deste modo, já foram reintroduzidos na natureza 86 linces nascidos no CNRLI.

O objetivo é reforçar as populações selvagens, no Vale do Guadiana e em Espanha, Estima-se que o total de exemplares registados durante 2020 em toda a área de distribuição ibérica foi de 1.111, divididos entre Portugal, Andalucía, Castilla-La Mancha e Extremadura.

Em Portugal existirão cerca de 140 linces numa zona com perto de 50.000 hectares nos concelhos alentejanos de Serpa, Mértola, Castro Verde e Alcoutim, formando a população do Vale do Guadiana, uma das 14 populações de lince-ibérico da Península. 

Para estes exemplares serem libertados, os projetos co-financiados pelo programa comunitário LIFE foram essenciais. O mais relevante foi o Projeto LIFE+Iberlince, que decorreu entre setembro de 2011 e junho de 2018.

Por: Filipe Vilhena