Exposição prolongada à água fria e ao vento pode causar perda de audição, zumbidos e infeções.
Especialistas alertam para cuidados auditivos em desportos aquáticos
Com a chegada do calor e o regresso à praia, cresce também a vontade de voltar às ondas. O surf ou mesmo o bodyboard, paddle, ou apenas mergulhos prolongados no mar, são parte da rotina de quem quer manter-se ativo e saudável. Mas o que muitos não sabem é que estes hábitos, quando repetidos e sem proteção, podem ter impacto direto na saúde auditiva.
Segundo especialistas da área, a exposição contínua à água fria e ao vento pode causar problemas como otites recorrentes, tampões de cera, sensação de ouvido tapado e, em casos mais avançados, o chamado "ouvido de surfista" — uma condição clinicamente conhecida como exostose auditiva.
“A exostose é um crescimento ósseo anormal no canal auditivo, provocado por estímulos térmicos repetidos. É comum em quem passa muito tempo dentro de água, sobretudo em zonas frias, e pode levar a perda auditiva, infeções e até zumbidos crónicos (acufenos)”, explica Celso Martins, Audiologista e Responsável técnico da Minisom.
Além da perda auditiva, é frequente surgirem sintomas como:
• Otites externas de repetição;
• Dor de ouvidos;
• Zumbidos ou ruídos persistentes;
• Dificuldade em libertar a água do ouvido após os banhos;
• Sensação de entupimento ou audição abafada.
Então, como podemos proteger os nossos ouvidos?
A melhor forma de manter a audição saudável sem abdicar das ondas passa por adotar proteção adequada:
• Tampões moldados à medida, ideais para surfistas, nadadoras ou praticantes regulares de desportos aquáticos;
• Gorros ou toucas de neoprene, que ajudam a isolar o canal auditivo;
• Avaliações auditivas regulares para detetar alterações precoces.
“A prevenção é o melhor cuidado. Basta adotar pequenas rotinas para manter a audição protegida e evitar consequências futuras. E se surgir desconforto ou zumbidos, é importante procurar um profissional de saúde auditiva”, sublinha a mesma fonte da Minisom.
Por: LPM
