“O João Benta vai ser o líder da equipa, mas também temos outros corredores que podem mostrar o que valem e dar alegria à nossa equipa, caso do Vicente de Mateos, nas chegadas ao ‘sprint’, e outros, como o José Segovia, que é valente e pode chegar na frente e tentar vencer etapas”, explicou o responsável técnico da equipa de Loulé.
Em declarações à agência Lusa, Jorge Piedade assegurou uma “equipa equilibrada”, capaz de concretizar o objetivo de “disputar etapas e geral”, apesar do domínio ‘azul e branco’ na atual temporada velocipédica.
“A concorrência é forte, nomeadamente a W52-FC Porto, que está a andar muito desde o princípio do ano e ganha praticamente todas as corridas. Acho que a concorrência é de peso, mas não nos intimida”, frisou.
Piedade rejeitou surpresas nos candidatos ao triunfo na Volta, apontando os chefes de fila das equipas portuguesas como principais adversários de Benta, nomeadamente os espanhóis Gustavo Veloso (W52-FC Porto) e Alejandro Marque (LA-Antarte), os portugueses Jóni Brandão (Efapel) e Rui Sousa (Rádio Popular-Boavista) e o italiano Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira).
“A Volta é dura, falta a Torre, lógico, mas penso que o vencedor da Volta a Portugal deve ser o mesmo que seria se houvesse essa chegada. É uma etapa mítica, bonita de se ver e que toda a gente gosta de correr, mas temos de respeitar e de nos adaptar”, reconheceu.
A ausência da meta na Torre deverá diminuir diferenças na chegada, mas não facilita a tarefa dos corredores, que vão subir duas vezes ao ponto mais alto de Portugal continental ao longo dos 173,7 quilómetros da sexta tirada, a disputar a 03 de agosto, depois de um dia de descanso.
“É previsível [que as diferenças sejam mais curtas], mas a etapa é muito dura, passa duas vezes na serra e tem a chegada à Guarda, depois de quase 200 quilómetros. Penso que muita gente vai ‘partir o motor’ antes da Guarda”, rematou Jorge Piedade, assegurando que “João Benta tem motor para essa etapa”.
A 78.ª edição da Volta a Portugal vai ser disputada entre quarta-feira, em Oliveira de Azeméis, e 07 de agosto, em Lisboa.
Por Lusa
