Na ausência de Evenepoel, ou de qualquer outro vencedor da prova, a ‘Algarvia’ sai hoje para a estrada para a edição mais aberta dos anos recentes, sendo, em teoria, o campeão nacional de fundo, terceiro classificado na geral final em 2014 e quarto em 2020, o principal favorito.
Desde 2006 que a prova mais internacional do calendário luso não tem um vencedor nacional e, 15 anos depois, é precisamente Rui Costa a maior esperança lusa para vestir a amarela final, sobretudo numa edição ‘despida’ de ‘voltistas’ e grandes nomes do pelotão.
Sem ‘estrelas’ para lutar pela geral, a primeira etapa, que liga Lagos a Portimão, poderá ser mesmo um dos momentos altos desta Volta ao Algarve, uma vez que promete o primeiro frente a frente entre as duas figuras mais sonantes da 47.ª edição: o irlandês Sam Bennet (Deceuninck–QuickStep) e o alemão Pascal Ackermann (Bora-hansgrohe).
Os dois ‘sprinters’ deverão disputar entre si o triunfo em Portimão, cidade que já não acolhia um final de etapa da prova desde 2012, ano em que o britânico Bradley Wiggins aí se impôs num contrarrelógio, meses antes de conquistar a Volta a França.
Mas, antes da chegada, que presumivelmente será discutida ao ‘sprint’, os 175 ciclistas, de 25 equipas, sete das quais no WorldTour, terão 189,5 quilómetros para percorrer, a partir de Lagos, onde a partida simbólica será dada às 12:40.
Em Silves, ao quilómetro 61,7, está instalada a primeira das três metas volantes do dia, que antecede a contagem de montanha de terceira categoria da Picota (106,5).
Seguem-se os ‘sprints’ intermédios de Ferreiras (aos 124,4 quilómetros) e do Porto de Lagos (160,5), antes de o pelotão rumar à Avenida São Lourenço da Barrosa, em Portimão, com a chegada prevista para as 17:34.