Desde as 6h00 da manhã desta segunda-feira que mais de 85 operacionais, agentes da Proteção Civil, trabalhadores de diversos serviços da Câmara Municipal de Loulé, das juntas de freguesia e das empresas municipais se encontram no terreno para acudir às 110 ocorrências registadas até ao momento. A situação mais preocupante fez-se sentir na zona industrial, onde a subida do nível da água provocou inundações em diversos armazéns e outras infraestruturas. Foi necessário proceder-se ao corte de estradas e à utilização de maquinaria pesada para resolver algumas situações.
“Felizmente, apesar de tudo, não houve danos humanos a registar. Choveu mais de 40 ml/m3 nas últimas horas. Este é um fenómeno que resulta claramente das alterações climáticas que se fazem sentir hoje em dia em todo o mundo. Apesar da limpeza das bermas, valas e valetas e de outros cuidados tidos todos os anos na via pública para se evitarem inundações, as próprias infraestruturas, aquando da sua construção, não foram nem planeadas, nem pensadas para resistir a enxurradas deste nível. Este é um fator que se terá de ter cada vez mais em conta no planeamento e nas construções a realizar no nosso país, pois, o clima mudou e este tipo de fenómeno será cada vez mais frequente”, alertou o presidente da Câmara de Loulé.
O Posto de Comando Municipal, composto pelo presidente da Autarquia, por elementos do executivo, pelo Serviço de Proteção Civil, pelos Bombeiros Municipais, pelo Departamento de Obras e de Gestão de Infraestruturas Municipais, pelo Departamento de Ambiente e Serviços Públicos e pela Guarda Nacional Republicana, reuniu às 15h00 de hoje, para fazer um ponto da situação no concelho que, segundo os responsáveis municipais, “será monitorizada e acompanhada até ao seu total desagravamento”.