O Nacional vem de um ciclo de seis derrotas consecutivas, que culminou na saída de Luís Freire e na entrada de Manuel Machado, que se estreará na sexta-feira na receção ao Portimonense.
"Encontrei a equipa bem. Do ponto de vista físico e da forma como é construída uma equipa estabilizada. Do ponto de vista anímico, é evidente que nas últimas jornadas os resultados negativos merecem alguma atenção acrescida. Parte do nosso trabalho nestes 15 dias foi dar confiança e motivação aos jogadores, esperemos que resulte", analisou.
O grande objetivo para o jogo com o Portimonense, passa por "aquilo que foi feito mais atrás possa ser readquirido e transportado para o jogo, no sentido de criar uma quebra neste ciclo, ganhando o jogo e melhorando a posição do Nacional na tabela classificativa".
A pausa para os jogos das seleções serviu para o técnico perceber qual o valor do plantel e preparar da melhor forma possível a estreia: "Já conhecíamos a equipa do lado de fora, mas possibilitou viver com ela sete ou oito unidades de treino, que sempre clarifica um pouco mais aquilo que é o perfil e a identidade de cada um dos jogadores", aferiu Manuel Machado.
"Há um conjunto de fatores que são controláveis ao nível do treino, quer no plano técnico, físico ou tático, mas a vertente de readquirir confiança pode ser fundamental, com jogadores motivados no campo, pode ser determinante para um desfecho de sucesso neste jogo com o Portimonense", asseverou o novo técnico do Nacional.
Manuel Machado mostrou-se confiante para esta partida, embora ciente que esta fase da época não é propícia a grandes alterações. "Não é hora de fazer nenhuma revolução. Tudo aquilo que podemos fazer é ajustamentos ao que vinha detrás, deixando cair algumas coisas e alterando ou acrescentando outras", acrescentou.
O treinador considerou que o "Portimonense tem um bom lote de jogadores e está bem orientado, com um treinador que transitou da época anterior", mas adiantou que "em termos de objetividade, o Portimonense tem um rendimento igual ao Nacional", pois tem apenas uma "diferença pontual de dois pontos", o que, "em caso de sucesso do Nacional, dará uma vantagem de um ponto".
Manuel Machado assinalou que o jogo não poderá ser considerado uma final para o conjunto madeirense, apesar de prever grande indefinição até final, "uma luta muito dura, mas também muito interessante, deste conjunto de equipas, para sobreviver e manter os emblemas nesta liga maior".
"Não considero uma final. Mas é evidente que estes pontos que estão em disputa são importantíssimos. Há seis, sete ou oito equipas numa franja pontual muito estreita e cada jornada que passa é menos uma. Este jogo não perde essa importância, mas um desfecho negativo, que nem está no nosso horizonte, não vai determinar o que quer que seja em termos de futuro desta coletividade", disse, de forma convicta.
O Nacional, 16.º classificado, com 21 pontos, recebe o Portimonense, 13.º, com 23 pontos, na sexta-feira, no Estádio da Madeira, no Funchal, a partir das 20:30, em partida relativa à 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que será arbitrada por Tiago Martins, da associação de Lisboa.