A greve de professores obrigou ao fecho de dezenas de escolas em todo o país. A Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão, encontra-se de portas fechadas desde segunda-feira.

A paralisação dos docentes e não docentes continua até tempo indeterminado. Cláudia Fialho, docente da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, explicou ao nosso jornal que “a escola está encerrada desde segunda-feira e não vamos anunciar quando irá reabrir”.

O objetivo é “causar impacto na comunidade”. A paralisação total desta instituição teve o apoio dos docentes, não docentes, psicólogos, terapeutas, entre outros profissionais da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, conforme explicou Cláudia Fialho. Também os alunos e os pais se juntaram a estas manifestações, em busca “de um ensino melhor”, acrescentou a docente.

Para já, sabe-se que outras escolas deste e de outros Agrupamentos vão fechar. A retoma das atividades não foi revelada pela docente, que assume que “não vamos desmobilizar enquanto esta situação não se resolver”.

Os docentes e não docentes da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes foram em direção à Câmara Municipal de Olhão, numa caminhada silenciosa, onde se juntaram aos profissionais da Escola Dr. Alberto Iria.

Recorde-se que o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.) convocou um protesto a nível nacional. O novo período do ano letivo arrancou, desta forma, com esta nova paralisação por tempo indeterminado.

O Sindicato mostra-se contra as propostas de alterações ao modelo de concurso de colocação de professores. O Governo pretende criar um novo modelo de gestão e recrutamento de docentes, baseado no seu perfil e necessidades do agrupamento. Deste modo, um professor pode dar aulas em várias escolas do mesmo concelho. Este novo modelo de contratação, segundo o Ministério da Educação, traria maior estabilidade aos docentes, uma vez que a sua integração seria decidida por conselhos locais de diretores, que não iriam contratar diretamente docentes.

O S.T.O.P. reclama ainda a melhoria dos salários e condições de carreira, assim como as dificuldades na mudança de escalão e o congelamento do tempo de serviço. Esta não é a primeira vez que os professores se impõem perante estes pontos, sendo que poucas foram as alterações até ao momento.

Esta greve tem sido sentida por todo o país e a região algarvia acompanha a tendência.

 

Por: Filipe Vilhena