“É difícil descrever esta atrocidade e incentiva-nos todos a caminharmos… Como é que é possível nos dias de hoje haver atrocidades destas com inocentes, crianças?”, questionou D. Manuel Quintas na Eucaristia na igreja matriz de Alvor, no contexto do início do serviço do novo pároco, acrescentando que, certamente, “ninguém fica insensível” àquela realidade.
“Unimos na oração implorando o dom da paz, mas também devemos unir-nos no esforço em vivermos em paz, em construirmos a paz no coração, à nossa volta, na família, com os vizinhos, todos. É por aí que começa a paz”, exortou.
Entretanto, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou hoje um apelo pela paz, associando-se ao apelo lançado pelo Papa e os responsáveis católicos da Terra Santa para a celebração de um dia de jejum e oração, esta terça-feira.
“Respondendo ao veemente convite do cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, em nome dos bispos da Terra Santa, a Conferência Episcopal propõe que todas as famílias, paróquias e comunidades religiosas façam um dia de jejum e oração pela paz e reconciliação na terça-feira, 17 de outubro”, indica uma nota dos bispos portugueses, enviada hoje à Agência Ecclesia.
O apelo precisa que estes momentos de oração “podem ser organizados com a adoração eucarística e a recitação do rosário”.
A CEP recorda os “constantes apelos do Papa Francisco” à paz, “diante das dramáticas situações de guerra, violência e morte em várias partes do mundo, nomeadamente na Ucrânia e, mais recentemente, na Terra Santa”.
O organismo dos bispos católicos em Portugal “apela vivamente a que se façam todos os esforços que conduzam à Paz verdadeira”.
Este domingo, o Papa pediu a libertação de reféns israelitas, pelo Hamas, e a criação de corredores humanitários para ajudar a população de Gaza, na Palestina.
“Irmãos e irmãs, já morreram muitíssimas pessoas. Por favor, que não se derrame mais sangue inocente, nem na Terra Santa nem na Ucrânia ou qualquer outro lugar. Basta!”, declarou.
Francisco convidou “todos os crentes” a unir-se à iniciativa da Igreja na Terra Santa, para fazer desta terça-feira um dia de oração e jejum pela paz.
O exército israelita tem bombardeado Gaza desde que comandos do Hamas mataram mais de 1400 pessoas durante numa incursão em Israel, a 7 de outubro; do lado palestino, estima-se que haja 2750 mortes e mais de 9700 feridos.
Por: Folha do Domingo com Agência Ecclesia