por Luís José Pinguinha | Vice-presidente do Louletano | FUTEBOL | Acompanhando as jovens promessas do Louletano

A BENDITA AUTO-ESTIMA DE ANDRÉ TEIXEIRA

 

Nome: André Filipe Costa Teixeira

Ano nascimento: 1999 (19 de janeiro)

 

A geração de 1999 foi das equipas do Louletano que iniciou a carreira com o maior número de jogadores. Constituída por vários miúdos extremamente talentosos, “bons de bola”, cedo começou a alcançar resultados interessantes. Era muita a quantidade era muita a qualidade. Nesse plantel jogava André Teixeira, evidenciando bons pormenores, mas algo frágil atleticamente. E, já agora, bastante irreverente.

Com características ofensivas, André começa a ser utilizado preferencialmente como ponta-de-lança, a fim de colmatar uma lacuna da equipa que possuía extremos excelentes e um meio campo criativo e combativo. Talvez noutro contexto André Teixeira fosse hoje um médio de excelência, mas o que é certo é que foi sendo preparado para avançado centro. No entanto, não sendo possante, sentiu, ao longo da carreira, dificuldades frente a centrais enormes e agressivos especialmente na transição do Futebol 7 para o de 11.  

Apesar disso, havia ali qualquer coisa na forma como jogava, como discutia os lances, como adivinhava as intenções dos defesas contrários, como ganhava bolas impossíveis, que levou este escriba a afirmar há uns seis anos a um (descrente) treinador: “O André Teixeira, quando chegar a Júnior, vai deslumbrar”.

Nos dias de hoje, estando ainda no início do primeiro dos dois anos de Júnior, André Teixeira conquistou o seu espaço, é uma peça importante no plantel, joga e faz jogar, protege muito bem a bola (às vezes em lances que está só contra o mundo), tem um olfato apuradíssimo para o golo e o seu futuro futebolístico afigura-se risonho.   

E tudo isto, porque André Teixeira, todas as épocas assediado (e muito) para mudar de clube (esta época foi a última), para se transferir para um clube de menor dimensão a fim de jogar mais ou até só jogar, “porque no Louletano não tens hipóteses”, não cedeu ao facilitismo, manteve-se a um nível alto e alto é o seu nível já hoje.   

 

 

 

 

MARTIM GUERREIRO, NOVAMENTE NO RUMO CERTO

Nome: Martim Gomes Guerreiro

Ano nascimento: 2006 (13 de junho)

 

Martim afirmou-se desde a génese da constituição da equipa de 2006 do Louletano, jogando a defesa central, como um elemento preponderante pela capacidade demonstrada.

Sem ser fisicamente superior à média para a idade, Martim é daqueles jogadores compactos, sólidos, difícil de ser ultrapassado, raramente perdendo um lance dividido porque utiliza bem o corpo e é criterioso no momento em que ataca a bola, para além de ser mais rápido do que parece à primeira vista. Também no jogo aéreo denota grande à vontade, sendo eficaz na abordagem dos lances quer defensivos quer ofensivos. Aliás, no processo ofensivo, Martim também desempenha função assinalável: consegue, após recuperar a bola, fazer fluir rapidamente o jogo quer através de passes curtos quer de passes longos, já que possui forte pontapé. Forte pontapé que poderia utilizar mais no que a remates à baliza adversária diz respeito, já que estamos seguros que teria êxito muitas das vezes.

Na verdade, seja pela arreliadora lesão com que se debateu na época anterior, seja porque terá sido dos mais afetados pela nefasta e infértil guerrilha em prol de protagonismo que, mesmo criada de fora para dentro, salpicou os miúdos, prejudicando-os, Martim esteve alguns furos abaixo do que nos tinha habituado. Auto confiança em baixa? A fazer fé em algumas exibições do Martim, julgamos que sim. A já referida timidez em rematar e situações em que Martim parecia esconder-se do jogo, não procurando linhas de passe, evitando, assim, assumir o jogo, corroboram essa tese.

O que, a ser assim, é ótimo porque ultrapassado está o problema. E “o que não nos mata, fortalece”. Pois quem tem visto o Martim esta época, integrado no todo, a crescer de jogo para jogo, solto de movimentos e jogando com uma alegria contagiante, reconhece o Martim de outros tempos, pleno de auto confiança. O que se saúda, porque o Martim é dos melhores centrais do Algarve da sua idade. Logo, dos mais promissores.