OS ÚNICOS A BATER O PAR-72 DO BATALHA GOLF COURSE NO PRIMEIRO DIA DE PROVA. HENRIQUE PAULINO VENCE PRO-AM. ANDRÉ MEDEIROS GANHA GLOBAL NEWSPAPERS CHALLENGE. OPEN TERMINA AMANHÃ

O campeão nacional, Tiago Cruz, e o amador açoriano que deseja tornar-se profissional, Francisco Costa Matos, partilham a liderança da 3ª edição do Açores PGA Open, o torneio de 6 mil euros em prémios monetários, que a PGA de Portugal organiza até amanhã (Domingo) no Batalha Golf Course, em São Miguel, com o patrocínio da Associação de Turismo dos Açores e o apoio da Azores Golf Islands.

Com 70 pancadas, 2 abaixo do Par, Cruz e Costa Matos foram os únicos dos 17 participantes a bater o Par-72 dos percursos A e B, os mesmos que eram usados no SATA Azores Open, no Azores Senior Open e na Final do EuroPro Tour, enquanto o Azores Ladies Open tem optado por usar os percursos C e A.

A dupla de líderes é perseguida a 2 pancadas por Pedro Figueiredo (o campeão nacional de 2013) e Miguel Gaspar (vencedor da Taça da Federação Portuguesa de Golfe em 2013).

Ainda com boas hipóteses de lutarem amanhã pelo título estão mais três jogadores: o vencedor das duas primeiras edições da prova, Hugo Santos, a 3 shots dos líderes; e a 4 Gonçalo Pinto e Artur Freitas, este o melhor profissional açoriano.

O top-ten do Açores PGA Open, após 18 buracos ao Batalha Golf Course, ficou ordenado do seguinte modo:

 

1º Tiago Cruz (Banco BIG), 70 (-2).

1º Francisco Costa Matos (VerdeGolf Country Club/amador), 70 (-2).

3º Pedro Figueiredo (MEO), 72 (Par).

3º Miguel Gaspar (Belas Club de Campo), 72 (Par).

5º Hugo Santos (Unique Properties), 73 (+1).

6º Gonçalo Pinto (HILTI), 74 (+2).

6º Artur Freitas (Associação de Turismo dos Açores), 74 (+2).

8º Nelson Cavalheiro (Oceânico Golf), 77 (+5).

8º António Sobrinho (Nike), 77 (+5).

8º José Nicolau de Melo (VerdeGolf Country Club/amador), 77 (+5).

 

Amanhã, a segunda e última volta do Açores PGA Open inicia-se às 9h00.

 

Tiago Cruz quer nº1

 

Numa altura em que falta apenas um mês e meio para o final do PGA Portugal Tour de 2014, os Açores voltam a surgir como muito importantes na definição de quem será o nº1 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal.

Os títulos de Hugo Santos em São Miguel em 2012 e 2013 ajudaram-no a ser nº1 dessas épocas, tal como tinha sucedido em 2011 (ano em que ainda não havia Açores PGA Open).

Este ano essa primeira posição tem provocado uma saudável rivalidade entre os dois primeiros, Tiago Cruz e Hugo Santos, e seria muito importante para o algarvio fazer o tricampeonato no Batalha Golf Course para poder ainda pensar no nº1 pelo quarto ano consecutivo.

Um triunfo amanhã de Tiago Cruz irá praticamente arrumar a questão da Ordem de Mérito.

No ano passado, o profissional do Banco BIG foi vice-campeão da prova e hoje (Sábado) posicionou-se para ir subir um degrau na classificação final.

«Venho cá, sobretudo a pensar na Segunda Fase da Escola de Qualificação do European Tour. É sempre bom jogar competições e ganhar ritmo competitivo», explicou Tiago Cruz, que se sente «a jogar bem, a bater bem na bola, com bons drives».

O único aspeto mais sensível do seu jogo «tem sido o putt, mas tive uma aula de putt antes de vir para cá e hoje foi bom».

Tiago Cruz fez 5 birdies e 3 bogeys e, tal como Francisco Costa Matos, arrancou em grande, com birdie-Par-birdie nos três primeiros buracos: «Entrei bem em jogo e tive oportunidades de birdies nos outros buracos antes do 5, onde tive o meu primeiro bogey».

Para a história desta sua primeira volta ficam duas pancadas de eleição: «o chip-in no 14 para birdie, a um metro e meio do green» e «o grande birdie no 17, depois de um shot dado atrás das palmeiras ao lado esquerdo do green. Não via o green, dei-lhe em fade, fiquei a 4 metros do buraco e meti o putt».

 

Francisco Costa Matos quer ser “Pro”

 

Francisco Costa Matos também fez «um chip-in no 14 para birdie, o shot do dia, mais perfeito não poderia ser, a uns 5 metros do green, com mais 5 metros a rolar».

No ano passado, o açoriano de São Miguel já tinha dado nas vistas neste Açores PGA Open, terminando empatado no 8º lugar, mas as suas voltas de 77 e 79 não são comparáveis com as 70 pancadas de hoje, que o mesmo reconhece terem sido um «recorde pessoal em competições neste campo a sair das marcas brancas».

E se Tiago Cruz está na luta pelo seu 3º título da época, depois das vitórias no Open da Ilha Terceira e no Campeonato Nacional, já Francisco Costa Matos sente a pressão de estar em pleno “Playability Test”.

Trata-se do exame prático que a PGA de Portugal exige aos amadores que desejem tornar-se profissionais.

Em termos teóricos, o jogador do VerdeGolf Country Club, tem vindo a fazer o que é necessário – frequentar «o Nível-1 do Curso de Formação de Treinadores da Federação Portuguesa de Golfe» e da PGA de Portugal, que tem ainda um contributo da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa.

Costa Matos tem a vantagem de já se ter licenciado «em Educação Física na Universidade Lusófona» e de estar neste momento a elaborar «a tese de mestrado».

Mas por muitas competências teóricas que um candidato reúna, a associação dos golfistas profissionais portugueses exige mais.

É preciso provar em campo que se tem um nível de jogo aceitável e é esse o teste a que está a ser sujeito hoje e amanhã o melhor açoriano do torneio.

«O meu objetivo era não fazer mais do que 6 acima ou 8 acima do Par no final dos dois dias», explica Costa Matos que tem vindo «a preparar desde o início do ano, com o treinador André Medeiros, a participação neste torneio».

«Sinto-me confiante no meu jogo, joguei bem na Taça da FPG, é claro que ainda não tenho a qualidade dos nossos melhores jogadores de topo, mas gosto de competir com eles. Hoje estava só preocupado em não fazer mais de 76 pancadas e, afinal, estou na liderança, o que me deixa espantado, mas é bom, quer dizer que estou no bom caminho. Como se diz no futebol, estamos no intervalo e vamos ver como corre amanhã», disse Francisco Costa Matos, que conhece o campo como poucos e que no último Açores Ladies Open serviu de caddie à bicampeã nacional amadora, Susana Ribeiro.

 

Henrique Paulino domina Pro-Am

 

No Pro-Am de ontem (sexta-feira), ganhou o profissional Henrique Paulino, com o amador João Brito (handicap 16 EGA), com 47 pontos stableford net.

«Só jogo golfe há um ano e meio e é incrível estar aqui a jogar e a ganhar este torneio, num ambiente que eu não conhecia», disse João Brito.

Em 2º, a apenas 1 pancada de distância, fiou o mesmo Henrique Paulino, associado ao amador Paulo Marcelino, enquanto o 3º lugar foi para Tiago Cruz com o contributo de António Pires, com 45 pontos.

É o segundo torneio que Henrique Paulino, campeão nacional de 2003, vence este ano no Pro-Am Series da PGA de Portugal, depois de ter feito o mesmo no Estoril PGA Open em julho.

 

André Medeiros vence

Desafio Global Newspapers

 

André Medeiros, o vencedor do Pro-Am no ano passado, não saiu ontem de mãos a abanar, pois foi ele a vencer o Global Newspaper Challenge, sucedendo a Miguel Gaspar, que ganhara a primeira edição no ano passado.

Trata-se de uma exibição, um desafio de destreza, no qual cada profissional dispôs de duas bolas, batidas de um tee de relva sintética montado na varanda do restaurante do Batalha Golf Course.

O alvo foi o green do buraco 18. A distância é de 82 metros, com um desnível de altura de mais de dez metros e a principal dificuldade residia no muro e no corrimão metálico da varanda, que funcionaram como obstáculos frontais.

O profissional da Azores Golf Islands foi o que conseguiu jogar a bola mais perto da bandeira e recebeu o prémio simbólico de 50 euros.

A Global Newspapers irá ainda colocar outro prémio de 50 euros em jogo, para a melhor volta do torneio.

 

FOTOS: Ricardo Lopes/PGA de Portugal.

 

Por:  PGA de Portugal.