O Algarve voltou a afirmar-se como destino turístico líder em Portugal no mês de junho, ao concentrar 2,4 milhões de dormidas e 218 milhões de euros em receitas nos estabelecimentos de alojamento turístico, segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A região manteve a maior quota nacional, representando 29,4% do total de dormidas e 29% dos proveitos totais registados no país.
O número de hóspedes aumentou 1,5% face ao mesmo mês do ano passado, totalizando 608 mil turistas, com crescimentos tanto no mercado nacional (+0,7%, para 167 mil hóspedes) como no internacional (+1,7%, para 441 mil hóspedes).
As dormidas registaram um crescimento homólogo de 2,3%, impulsionado sobretudo pelos turistas residentes em Portugal (547 mil dormidas, +5,5%) e também pelos não residentes (1,8 milhões de dormidas, +1,4%).
Entre os principais municípios, Albufeira destacou-se como o segundo destino com maior número de dormidas no país (897 mil dormidas, equivalente a 11,1% do total nacional), logo a seguir a Lisboa. Lagos e Portimão registaram os maiores crescimentos do mês, com aumentos expressivos da procura por parte dos residentes.
A estada média no Algarve foi de 3,91 noites, claramente acima da média nacional (2,59 noites), confirmando a atratividade da região para estadias prolongadas.
No plano económico, o Algarve foi também a região com maior contributo para os proveitos gerados pelo turismo, com um crescimento de 7,5% face a junho de 2024. O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 148,73 euros, enquanto o rendimento por quarto disponível (RevPAR) se fixou em 103,54 euros.
Turismo no Algarve com crescimento consolidado no primeiro semestre
No acumulado do 1.º semestre de 2025, o setor do alojamento turístico no Algarve registou 2,3 milhões de hóspedes (+1,7% face ao período homólogo), 8,7 milhões de dormidas (+0,3%) e cerca de 650 milhões de euros em proveitos totais, traduzindo um crescimento expressivo de 5,5%.
Estes resultados confirmam a evolução positiva do destino, com destaque para o crescimento em valor, que se revelou significativamente superior ao crescimento em volume. A subida dos proveitos reflete uma maior capacidade de gerar receita por parte do setor, sinalizando um reforço da qualificação da oferta e da rentabilidade do turismo regional.
O desempenho da região foi igualmente impulsionado pela boa performance do Aeroporto Internacional de Faro, que movimentou mais 7% de passageiros no primeiro semestre, tendo registado o maior crescimento entre os aeroportos do continente.
BDC