GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

O apelido Baião vem da vila no Porto com o mesmo nome. Foram das cinco principais famílias de infanções, tal como Sousas, Braganças, Maias e de Ribadouro, que “andaram a filhar o reino de Portugal” (Livro Velho, 1270).

A linhagem Baião remonta ao Conde Ero Fernandes de Lugo (895, 926) que seria filho do Conde Fernan "Niger" de Castrosiero (+927) e de Gontiña Diaz (E. Sáenz, 1948). Fernan era filho do Juíz de Castela Munio Nunez "Rasura" de Brañozera (+860) e de Argilona; neto de Nuno Rodriguez; bisneto do Conde Rodrigo Froilaz de Castela; trineto do Duque Fruela Perez da Cantábria e pentaneto do Duque Pedro da Cantábria (+730)... Pedro descendia, por sua vez, dos Reis Visigodos Recaredo (586-601) e Leovigildo (568-586).

Gondesendo Eriz (910-947) foi filho de Ero Fernandes e de Ausenda e fundou os mosteiros de Azevedo, Sanguedo, Santa Marinha e Dides na Galiza. Desposou Inderquina Mendes “Pala” (+<947), filha do Conde de Coimbra Hermenegildo Guterres e de Ermesenda Gatones e tiveram Soeiro.

Soeiro Gondesendes (947, +<964) fundou o Mosteiro de Sever do Vouga. Do casamento com Goldregodo nasceu Gondesendo.

Gondesendo Soares (964) foi pai de Arualdo (J. Mattoso, 1987).

Arualdo Gondesendes do Baião (983, 1020, 1027) foi senhor do Baião e de Azevedo. Morreu de uma seta no cerco de Viseu (1027). Casou com Ufa filha do Duque Gasoindo e de Mona dos Godos e foram pais de Goido Arualdes e de Gosendo Arualdes do Baião.

Gosendo Arualdes do Baião foi senhor de Baião e de Penaguião e Vicarius regis de D. Fernando “Magno” (1037-1065). Foi pai de Egas (D. Pedro Conde de Barcelos, 1344).  

Egas Gosendes do Baião, Mordomo (1116) de D. Teresa de Portucal, casou com Useo Viegas, filha de Egas Hermiges “o Bravo” e de Gontinha Eriz, que fundou o Mosteiro de Freixo em Amarante. Foram pais de Godinho Viegas de Azevedo e de Hermígio Viegas do “Baião” que continuou a linhagem.

A família é conhecida em Loulé desde 1291, quando João Baião demarcou o relego de Alcaria (M. F. Botão, 2009).