O apelido Dourado deriva de alcunha. A origem geográfica, anterior a 1272, será a localidade de Gestaçô, Pontedeume na Corunha e é na Galiza onde é mais vulgar, segundo genealogistas Espanhóis...
No Algarve, já em 1411 se encontra João Eanes Dourado como testemunha de S. Bárbara de Nexe (S. B. Nexe, 2006). Deve estar aparentado com todos ou alguns dos seguintes. Dourado não está referido na tese de M. F. Botão (2009) nem nas Actas de Vereação de Loulé (1999 e 2004), indicação da sua raridade antes de 1497.
Os Arquivos Paroquiais referem (1574) Vicente Dourado casado em S. Clemente (Loulé) com Maria Mendes.
Inês Dourada, nascida (1573) em S. Clemente foi casada com Manuel Lourenço e poderá ser mãe da Bárbara, da Águeda e da Isabel que seguem...
Bárbara Dourada, nascida (1600-8) na Nora (S. Clemente), foi casada com João Martins.
Águeda Dourada, nascida pela mesma data, foi casada com outro João Martins “o Velho”, de Clareanes (S. Clemente), tendo falecido antes do marido, em 1673. Foram pais de pelo menos cinco filhos (Águeda, Domingos, Manuel, Marcos e Pascoal) com larga descendência.
Isabel Dourada nascida pela mesma altura viveu em S. Brás de Alportel, casada com Brás Gonçalves.
Outra Águeda Dourada, filha de Domingos Gonçalves e de Catarina Lopes, casou em 1636 em S. Brás de Alportel, com Bartolomeu Rodrigues Correia, viveu em Apra (S. Clemente) e tinha falecido à data (1677) do casamento de sua filha Margarida Rodrigues.
O mais conhecido do nome será o cartógrafo Fernão Vaz Dourado, autor de 6 Atlas elaborados em Goa. Foi filho de Francisco Dourado, moço de câmara que de Lisboa passou à Índia em 1513, onde casou em 1519 (http://purl.pt/369/1/ficha-obra-vazdourado.html). Fernão navegou pelo Índico Oriental e foi ferido no segundo cerco de Dio (1546). Desconhece-se se alguma vez esteve em Portugal.
Estão em exposição, na Torre do Tombo (Jornal Público de 30/4/2014), os Atlas de Miller (1519), de Vallard (1547), de Diogo Homem (1565), além dos de Fernão Vaz Dourado (c. 1576).
